Título: Bancários perto de voltar
Autor: Dinardo, Ana Carolina
Fonte: Correio Braziliense, 26/09/2012, Economia, p. 10

Na tentativa de acabar com a paralisação que atinge agências de todo o país, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), responsável pelas negociações do lado patronal, melhorou ontem a proposta salarial para os trabalhadores das instituições financeiras.

O reajuste passou de 6% para 7,5%, 2,02% acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Haverá também aumento de 8,5% sobre o piso salarial, o que significa 2,95% de ganho real. Os auxílios-refeição e alimentação vão subir 10%, para R$ 472,15, o equivalente a R$ 21,46 por dia de trabalho.

Para que os serviços bancários sejam retomadas, porém, categoria precisa aprovar a proposta nas assembleias que acontecerão hoje nos 137 sindicatos em todo o país. Um diretor de sindicato disse ao Correio que a nova proposta salarial apresentada pela Fenaban não é ruim e a greve tende a terminar.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que respresenta o setor do ponto de vista institucional, reconheceu por meio de nota que "as lideranças sindicais submeterão a proposta da Fenaban nas assembléias para aprovação".

A nova proposta da Fenaban prevê também elevação de 10% sobre a cesta-alimentação e 13ª cesta-alimentação, que passa a ser R$ 367,90. Outro ponto que sofreu alteração foi a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que ficou em 90% do salário mais R$ 1.540 fixos — reajuste de 10% — com teto de R$ 8.414,34.

Na segunda semana do movimento grevista, iniciado na terça-feira 18 de setembro, foram fechadas mais de 9 mil agências e centros administrativos de bancos públicos e privados espalhados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo a a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).