O questionário básico do Censo Demográfico tem que chegar a todos os 70 milhões de domicílios do país. Essa é a extensão do desafio da nossa operação. Ao cumprir esse desafio, vamos garantir informações confiáveis e de qualidade para todas as prefeituras do país, do Caburaí ao Chuí.

Um questionário grande é exatamente um dos aspectos que poderiam ameaçar a cobertura e qualidade de informações aos municípios. Um cidadão no Brasil, e no mundo de hoje, está menos propenso a parar para responder a uma pesquisa longa do que a uma mais curta. Assim, os ajustes no questionário básico e da amostra vão contribuir para uma operação mais simples e ágil, sendo esse fator fundamental para a cobertura e a qualidade da operação.

Uma estratégia de qualidade e modernização está norteando esses ajustes. O mundo inteiro está caminhando para questionários de Censo mais simples e, ao mesmo tempo, otimizando o papel de outras pesquisas amostrais e de registros administrativos. Prova disso é que, mesmo depois dos ajustes nos questionários, o Brasil continua com uma operação censitária maior do que 80% dos países do mundo.

Essa estratégia visa a inovar o IBGE por meio do Censo Demográfico 2020. Como sempre foi de praxe da casa, o IBGE se fortalece e se renova por meio de suas operações censitárias. Um Censo forte vai levar a um IBGE mais forte. Vamos manter essa tradição, mas vamos inovar de forma estratégica com foco em três áreas: registros administrativos, pesquisas amostrais e tecnologia.

Vamos caminhar com mais força e direção no uso e integração de registros administrativos. A ideia é otimizar o Censo e, ao mesmo tempo, otimizar o uso dessas fontes alternativas de dados, que vêm melhorando ano a ano. Por intermédio delas, poderemos avançar ainda mais no provimento de informações precisas, frequentes e transparentes aos municípios.

Ao mesmo tempo, vamos potencializar o trabalho das pesquisas amostrais já existentes no IBGE, como a PNAD e a POF. O IBGE acredita em amostras. Vamos avançar para que essas pesquisas sejam ainda mais refinadas, consigam maior representatividade nos municípios e tenham um processo de coleta mais eficiente.

Por último, vamos usar a tecnologia e novas ferramentas de coleta, supervisão e avaliação para potencializar o excelente trabalho do IBGE. Estamos prontos para dar esse salto tecnológico para que consigamos formas mais eficientes e inteligentes de conduzir nossas pesquisas.

Um melhor Censo, um melhor IBGE. Essas mudanças complementares vão fortalecer o trabalho das estatísticas no Brasil e prover às prefeituras e aos cidadãos informações precisas, frequentes e transparentes, que sejam de maior uso para a política pública local.

Vamos caminhar juntos rumo à modernização do IBGE. As prefeituras terão os dados que têm hoje e, em curto prazo, com a agregação dos registros administrativos, terão ainda mais. É hora de unirmos esforços, arregaçarmos as mangas e trabalharmos intensamente, pois o desafio foi posto, e o IBGE gosta de desafios, do Caburaí ao Chuí.