Correio braziliense, n. 20475, 12/06/2019. Política, p. 4

 

Presidente promete reduzir impostos

12/06/2019

 

 

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que, após a aprovação da reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, entrará em campo para desburocratizar e diminuir impostos. A uma plateia de empresários, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ele disse ao ministro, que tambpem estava presente: “Paulo, em quantidade e porcentual também, quero deixar claro”. O presidente afirmou ainda aos empresários que eles têm um governo aberto ao setor produtivo. “Nunca os senhores terão um governo tão aberto para os senhores”, disse.

Sobre Paulo Guedes, Bolsonaro afirmou que, ao conhecer o ministro, antes mesmo da campanha presidencial, “tinha ideias diferentes” das do economista, mas disse ter se convertido. “Eu me converti à economia de Paulo Guedes”, disse. “Nasceu quase uma paixão entre nós.” Ele também frisou que deu carta branca ao ministro, bem como aos outros chefes de pastas, e “100% de autoridade para compor o ministério”.

Durante o evento, Bolsonaro declarou que poucos resistiriam às pressões que ele tem enfrentado na cadeira presidencial. “Mas, quanto maiores as pressões, mais vontade eu tenho de continuar, com mais força eu continuo”, disse. O presidente pediu ainda a colaboração dos empresários para ajudar a Argentina, que enfrenta grave crise econômica. “O que, juntos, pudermos fazer, temos que fazer, não podemos ficar esperando”, afirmou, sem dar mais detalhes.

Depois de várias sinalizações de Guedes de que pretende cortar recursos do Sistema S, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, chamou alunos premiados do Sesi, que faz parte do sistema, para cumprimentar o ministro e o presidente Jair Bolsonaro. Subiram ao palco alunos premiados em competições de robótica e esportivas. Os estudantes também tiraram fotos ao lado de Guedes e de Bolsonaro.

O presidente também elogiou a atuação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales. Segundo disse, “Sales tem conseguido fazer um casamento entre meio ambiente e a produção”. E ressaltou ter autorizado o ministro a “meter a foice em todo mundo”, de forma a retirar dos cargos-chave pessoas extremistas. “Não quero xiita ocupando esses cargos”, disse o presidente.

Após ter passado por momentos delicados com o Congresso, ele agradeceu aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, na votação de projetos ambientais.