Correio braziliense, n. 20475, 12/06/2019. Economia, p. 7

 

Agenda para criar empregos

Gabriela Tunes

12/06/2019

 

 

Os projetos da agenda proatividade do governo, segundo o secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa, podem gerar cerca de 4,3 milhões de empregos até o fim do mandato. Costa foi o entrevistado do CB Poder, parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília, ontem. A agenda faz parte dos planos do governo para incrementar a economia.

Na opinião do secretário, a retomada do crescimento está demorando devido ao modelo econômico adotado nas últimas duas décadas e só virá com ajustes fiscais, como reforma da Previdência, privatizações e reforma do Estado. “Paralelamente a uma reforma tributária para mudar o exagero de arrecadação e distorções que são geradas na economia, assim como pautas de reforma para o crescimento”, disse.

A agenda do governo contém seis programas de incentivo. Entre eles, há o Emprega Mais, um projeto, que começou ontem, com objetivo de tornar as políticas públicas de emprego mais próximas do cidadão. Além desse, existe o Simplifica, que prevê a simplificação do ambiente de negócios para as empresas prosperarem sem dificuldade; o Pró-Mercados, que visa resgatar o mercado brasileiro, o Próinfra, para melhorar a regulação de infraestrutura, e o Brasil 4.0, que pretende modernizar as empresas tecnologicamente.

Segundo o secretário, empregos serão criados em pequenas e médias empresas. “Acreditamos que elas têm espaço para se modernizarem”, afirmou. Hoje, as empresas de pequeno porte têm baixa produtividade no país, representando apenas 27% da produtividade média. De acordo com Costa, o projeto “Brasil Mais Produtivo” pretende alcançar 300 mil empresas e dar um salto na produtividade. “Serão empresas de construção e todas relacionadas à nova economia, como turismo, que aqui representa 2% do PIB, enquanto no resto do mundo, chega a 10%”, explicou.

Sobre o legado liberal que a equipe econômica deixará, ele afirma que o governo está convicto de que medidas a favor da competição é o que o move a economia. Para ele, a combinação do liberalismo com a democracia trará prosperidade que vai alimentar que o caminho do brasileiro.