Título: Correndo contra o tempo, o consórcio Inframérica Aeroportos anunciou ontem o início das obras de ampliação e reforma do Aeropor­to Internacional Jusce
Autor: Bancillon, Deco
Fonte: Correio Braziliense, 12/10/2012, Economia, p. 13

Concedido à iniciativa priva­da como os terminais de Cumbica, emGuarulhos (SP), e Viracopos, em Campinas (SP), o Aero­porto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, será ge­rido por uma Sociedade de Pro­pósito Específico (SPE). O mo­delo híbrido de concessão fun­ciona como uma privatização parcial do bem público.

Durante os próximos 25 anos, a administração e a arrecadação das receitas provenientes da ex­ploração comercial do aeropor­to serão repartidas entre os só­cios na operação. O consórcio Inframérica Aeroportos ficará com 51% e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Tnfraero), com o restante, 49%. Essa mesma distribuição deverá ser respeitada na partilha dos gastos com as obras, como o anunciado ontem.

Os investimentos no JK até o fim da concessão, em 2031, che­garão a R$ 2,850 bilhões. Desses, R$ 1,1 bilhão serão aplicados na ampliação do espaço físico. Com o novo terminal de passageiros, as pontes de apoio fixo para receber aviões passarão de 15 para 28. Com isso, o número de em­barques remotos — em que o passageiro transita entre o ter­minal e a aeronave em um ôni­bus — cairá de 27 para 20.

Os usuários de alto poder aqui­sitivo também terão à disposição um amplo espaço de conforto, classificado pelo presidente da Inframérica, José Antunes Sobrinho, de a "maior sala VIP da América Latina". Em paralelo à reforma, a Tnfraero está tocando, via parceiro privado, a construção de um hotel nas imediações do aeroporto. Ele terá cerca de 350 leitos e será inau­gurado ainda este ano.