Entrou em vigor ontem a adesão automática ao Cadastro Positivo, que, ao fornecer um histórico de crédito, visa a facilitara obtenção de empréstimos pelos bons pagadores. Para especialistas, a ferramenta dará mais transparência à análise de crédito. Mas também pode acarretara exclusão de consumido ressem histórico de crédito, como os jovens. Além deterem financiamentos negados devido à baixa pontuação, eles recebem ofertas de serviços mais caros.

O Cadastro Positivo existe desde 2011, mas antes o consumidor precisava solicitar sua inclusão. Agora, só sai da lista quem pede.

A funcionária pública Nathália Souza sempre manteve as finanças organizadas. Vinculou osp agamentos das contas decas a ao seu CPF, para cria rum histórico financeiro. Mas, ao tentar financiar um carro, recebeu uma negativa, devido à baixa pontuação.

—Eu não entendia o motivo, pois nunca devi nada, até por que não tinha crédito. O banco me dizia para ir gastando para aumentar meu score —conta

Nathália, de 22 anos. — Mas, mesmo comprando no cartão, pagando tu doem dia, não consigo o financiamento.

Ela hoje tem 125 pontos e limite de crédito de R$ 5 mil. A nota máxima é mil.

Bárbara Simão, pesquisadora em direitos digitais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), teme que o cadastro se torne uma ferramenta de exclusão. Afinal, ressalta, aos 18, 20 anos, é normal ter uma nota mais baixa.

Isso ocorreu com o universitário Lucas Ribeiro, de 21 anos, ao tentar fazer a portabilidade do celular:

—Após consultar meu CPF, a atendente disse que eu não tinha crédito suficiente para contratar o plano que eu queria, de R$ 50 por mês. Ela me ofereceu um de R$ 230. Perguntei se estava com o nome sujo, mas ela explicou que era o meu score —conta Lucas.

— Nem sabia que isso existia.

Se a adesão é automática, sair dá algum trabalho. É preciso cadastrar-se em um bureau de crédito, como Seras a eS PC, para então pedir sua exclusão. Depois, outros bureaus serão comunicados do pedido e apagarão os dados do sistema.