O Estado de São Paulo, n. 46014, 11/10/2019. Política, p. A13

 

Coitiva dos três Poderes vai à canonização de Irmã Dulce na Itália

Mariana Haubert

Daniel Weterman

11/10/2019

 

 

Hamilton Mourão, Davi Alcolumbre, Rodrigo Maia e outras autoridades acompanham cerimônia no Vaticano no domingo

A comitiva que representará o governo brasileiro na cerimônia de canonização de Irmã Dulce na Santa Sé, na Itália, será capitaneada pelo vice-presidente Hamilton Mourão e terá os chefes do Legislativo e do Judiciário e 19 parlamentares.

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, além do ministro da Saúde, Luiz Henrique .

Mandetta, integram o grupo que viajaria ontem. A volta está prevista para o início da próxima semana. O presidente Jair Bolsonaro alegou que não poderia ir a Roma porque deverá viajar ao Japão, em visita oficial.

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República não informou, até a conclusão desta edição, o quanto será gasto com a viagem. Os nomes dos representantes do governo brasileiro foram oficializados no Diário Oficial da União de ontem.

Sete senadores e 12 deputados e o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, compõem comitivas oficias do Congresso. Baldy viaja a convite de Maia e disse que pagará suas despesas.

Integrantes da comitiva que viajam acompanhados de suas mulheres - caso de Mourão, Alcolumbre e Maia - informaram que as despesas serão pagas separadamente.

Maia e Alcolumbre afirmaram que ficarão hospedados na Embaixada do Brasil em Roma. Alcolumbre disse ainda que não receberá as diárias a que tem direito. Segundo regras da Câmara e do Senado, a diária para deputados é de US$ 428 e para senadores, de US$ 416.

O ex-presidente José Sarney, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o embaixador do Brasil na Santa Sé, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que também participam da cerimônia de canonização, disseram que pagarão a viagem do próprio bolso. A canonização de Irmã Dulce será realizada na manhã de domingo na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Na semana passada, a Coluna do Estadão mostrou que a viagem de Aras custaria R$ 67,5 mil ao Ministério Público Federal.

Depois, no entanto, o procurador- geral disse que iria custear suas despesas com recursos próprios.

Pelas estimativas do  MPF, a passagem de Aras em classe executiva sairia por R$ 22,1 mil. Viajam com ele os subprocuradores-gerais Alcides Martins e Maria das Mercês Gordilho Aras, mulher do PGR.

Aras pediu licença do cargo entre 9 e 15 de outubro para representar a instituição no evento.

Na semana passada, Rodrigo Maia disse que o compromisso não atrapalharia o andamento dos trabalhos da Câmara, já que o evento aconteceria em dias em que os deputados normalmente não estão em Brasília. No Senado, porém, a viagem causou ruído na agenda da reforma da Previdência, que já havia sido comprometida pelo impasse em torno da liberação de recursos para Estados e municípios.