Título: Maioria na lei das cotas
Autor: Castro, Grasielle
Fonte: Correio Braziliense, 30/10/2012, Brasil, p. 11

A maioria dos inscritos no Enem é parda, negra e índia. Do total, 3,1 milhões, ou 54%, estão nesses grupos, enquanto 2,4 milhões se declararam brancos e 132 mil disseram ser amarelos. Outros 107 mil não especificaram a raça. Os estudantes que se declararam negros, pardos e indígenas poderão usar a nota do exame para se beneficiar pela Lei de Cotas Sociais e Raciais, aprovada este ano. Válida para 2013, a política pública reserva no primeiro ano 12,5% das vagas de todas as universidades federais a estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas, negros, pardos, indígenas e de baixa renda. Em quatro anos, a reserva será de 50%.

Na Universidade de Brasília (UnB), as cotas estão em 32,5% das vagas oferecidas. Com a meta estabelecida pelo governo federal, a instituição agregou a legislação ao seu programa de cotas raciais, vigente desde 2004. A previsão é que a política da UnB seja revista em 2014, 10 anos após ser implantada. No DF, só foram divulgados dados de especificidade por raça no grupo de alunos que se inscreveram no Enem em busca do certificado do ensino médio — 12 mil alunos. Desses, cerca de 66% se declararam pardos, negros ou índios. Os brancos são 3,1 mil, os amarelos, 426 e outros 448 não identificaram a cor.