Correio braziliense, n. 20516, 23/07/2019. Cidades, p. 18
Começa pavimentação na DF-001
Alexandre de Paula
23/07/2019
As obras foram liberadas pelo GDF, com previsão de melhorias em 8,2km da estrada, uma das mais perigosas do DF
O governador Ibaneis Rocha (MDB) lançou, ontem, as obras de pavimentação em uma das rodovias mais perigosas da capital federal, a DF-001, ou Estrada Parque Contorno (EPTC). No ano passado, 20 motoristas morreram na via que contorna a cidade. As obras contemplam 8,2km da estrada, no trecho entre a DF-430 e o entroncamento da DF-220, em Brazlândia. A previsão é de que as obras — que estão sob a responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) — sejam concluídas em 180 dias. O contrato de R$ 14,5 milhões foi firmado com o Consórcio NG e Sigma.
No lançamento, Ibaneis lembrou o histórico de acidentes na rodovia e pediu rapidez na entrega da pavimentação. “As empresas contratadas têm o histórico de realizar com agilidade e qualidade as obras, e esperamos que esse trecho seja concluído no menor prazo possível”, disse o emedebista.
De acordo com o GDF, a expectativa é de que a intervenção beneficie cerca de 35 mil pessoas que trafegam diariamente pelo local. Além da segurança, a pavimentação auxilia os produtores rurais de Brazlândia. As melhorias no trecho eram uma reivindicação antiga do setor. Eles alegam que os problemas na via causam perda de parte considerável da produção de frutas, legumes e verduras.
Para o início da obra, foram necessárias licenças dos governos federal e distrital. Para obedecer às restrições ambientais, além da pavimentação, serão realizados serviços de drenagem e sinalização vertical e horizontal. A intenção, de acordo com o DER, é proteger o meio ambiente na região.
Em junho, o ex-deputado distrital Juarezão, 56 anos, morreu ao se envolver em um acidente na DF-001. O político dirigia uma caminhonete, quando perdeu o controle do veículo e colidiu na traseira de uma carreta. Depois disso, a reivindicação por melhorias na estrada se intensificou.
“Antes de falar, é preciso pensar, porque dizer que no Brasil não há desmatamento nem gente passando fome é o mesmo que dizer que o 'Fome Zero' e as políticas petistas de preservação do meio ambiente foram um sucesso”
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Nova lei acaba com o DFTrans
23/07/2019
A promessa de extinção do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) começou a virar realidade. Ontem, o governador Ibaneis Rocha sancionou a lei que acaba com a autarquia e transfere as competências do órgão para a Secretaria de Transporte e Mobilidade e para o Banco de Brasília (BRB). A pasta ficará com a estrutura administrativa, e o BRB, com a gestão do sistema de bilhetagem. O texto foi aprovado pela Câmara Legislativa em 18 de junho.
O governador Ibaneis Rocha estima que a transferência esteja finalizada em até duas semanas. No entanto, de acordo com portaria publicada na semana passada para regulamentar a transição da bilhetagem para o BRB, a instituição bancária tem 90 dias — que podem ser prorrogados — para assumir o sistema. “Hoje, eu estou assinando os decretos transferindo os servidores para a Secretaria de Mobilidade. Na sequência, nós estamos transferindo para o BRB a bilhetagem, que está com toda a tecnologia pronta para assumir. É um prazo de uma semana ou duas para que tudo esteja pronto”, declarou o chefe do Palácio do Buriti.
A transferência da bilhetagem para o BRB é a principal mudança da extinção da autarquia. O sistema é historicamente alvo de críticas e de investigações por causa de inúmeras fraudes. “Vamos ter qualidade maior na questão da fiscalização, que é tão criticada. Nós temos hoje um número muito grande de fraudes, principalmente na utilização do cartão, e nós queremos reduzir isso. A criatividade do falsário é muito grande, mas nós temos de utilizar a tecnologia para combater esse tipo de atitude”, destacou Ibaneis.
Segundo o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, o planejamento está em andamento, e o foco é modernizar o sistema e melhorar a qualidade do serviço prestado à população. “Hoje, existem 13 pontos de vendas. Nós vamos ampliar e transferir boa parte desse processo para o mundo digital. Teremos um aplicativo para a pessoa acompanhar seu saldo e recarregar”, adiantou. “Vamos, depois, dar uma virada e modernizar de maneira significativa o sistema. Estamos discutindo, inclusive, a implementação de identificação facial para o ano que vem”, disse.
Além da modernização do sistema, o dirigente destaca que serão colocadas em prática medidas de segurança para reduzir o impacto das fraudes na bilhetagem. “Hoje, elas são estimadas em R$ 100 milhões ao ano. Então, é importante, para o governo e para a correta aplicação dos recursos públicos, essa redução”, explicou. Ibaneis manifestou o desejo de extinguir o DFTrans em abril. (AP)