Título: Ações voltam a cair
Autor: Hessel, Rosana
Fonte: Correio Braziliense, 07/11/2012, Economia, p. 11
O ministro interino de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, minimizou as preocupações dos analistas de mercado em relação às novas regras para a renovação das concessões do setor elétrico. Para ele, aqueles que estão criticando as medidas anunciadas pelo governo fizeram cálculos errados. "Não é possível contabilizar ativos que não são da empresa e sim da União, considerando que os contratos seriam mantidos. Se eles fizeram isso, estão desinformados e precisam se justificar com seus acionistas", disse.
Zimmerman destacou que o governo respeitou os contratos do setor com as novas regras. Cabe a cada concessionária, segundo ele, decidir sobre as condições apresentadas, incluindo a indenização da parcela dos ativos ainda não depreciados pelo critério do valor de reposição. O governo aceitou pagar R$ 20 bilhões às empresas
Enquanto isso, as ações das empresas de energia continuam caindo na BM&Fbovespa, onde lideram as perdas. Ontem, a Eletrobras ON cedeu 1,27% e a Eletrobras PNB, 0,52%. Já os papéis da Transmissão Paulista recuaram 1,25% e os da Eletropaulo, 0,67%. Os corretores já evitam recomendar as ações dessas companhias que, até pouco tempo, figuravam entre as mais atraentes do mercado, devido ao enorme volume de dividendos pago aos sócios.
"Há muita incerteza em relação às mudanças", destacou o economista da Corretora Planner Demetrius Lucindo. Em relação ao futuro das empresas que não aceitarem a renovação dos contratos, Zimmermann disse que só as usinas voltarão para o controle da União. Prédios administrativos e funcionários continuarão com as companhias.