Título: Democracia exercida a distância
Autor: Tranches, Renata
Fonte: Correio Braziliense, 06/11/2012, Mundo, p. 16

Apesar da preferência, aqui no Brasil, pelo presidente Barack Obama (leia matéria na página 17), entre aqueles que podem votar, nos EUA, ela não é unânime. O empresário paranaense Fernando Dias, dono de uma franquia de lojas de celulares no Colorado, um dos principais “swing states” (estados que a cada ano pendem para republicanos e democratas), disse que se decepcionou com a administração dos últimos quatros e que votaria em Mitt Romney.

Ele reconheceu que a maioria dos brasileiros com quem convive prefere o presidente e que ele mesmo apoiou o democrata nas eleições de 2008. “Esse ano não dá. Ele não fez nada para ajudar pequenas empresas como a minha ou mesmo os imigrantes. Tenho cidadania, mas meus amigos ainda esperam a reforma das leis imigratórias. Ele (Obama) só fala e não faz nada”, afirmou ao Correio.

Aqui em Brasília, norte-americanos também puderam votar. O professor particular de inglês Michael McMullen se adiantou e garantiu o voto na semana passada. Casado com uma brasileira, mudou-se de Washington para a capital brasileira há quatro anos. “Acredito no sistema do governo do meu país. Minha família mora nos EUA e o que acontece lá tem efeito aqui”, afirmou. Ele disse ter votado por meio eletrônico e optado pela reeleição de Obama.

No Brasil há pouco mais de um ano e vinda do Tennessee, esta é a primeira vez que Katie Osteem está longe dos EUA no período eleitoral. Professora de história na Escola Americana de Brasília, Kate, que não revelou seu voto, contou que preencheu o formulário e o entregou na Embaixada dos EUA. “Essa é a maneira de demonstrar minha posição aos governantes e de ter voz”.