Título: Sem conversa
Autor: Tranches, Renata
Fonte: Correio Braziliense, 11/11/2012, Mundo, p. 24

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, fez um discurso em setembro, na semana de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, no qual solicitou que o status de entidade seja elevado a de Estado observador. O pedido foi feito um ano depois de ver bloqueada sua demanda para que fosse alcançada a posição de Estado pleno da ONU, o que não chegou a ser votado por conta do iminente veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança. A nova requisição não precisa ser aprovada pelos membros do conselho. Ela precisa ser esboçada em resolução e submetida à votação. Para ser aprovada, basta o voto simples da maioria dos 193 países representados. Os palestinos dizem acreditar ter entre 150 e 170 votos favoráveis.

Abbas tomou a decisão unilateral de levar o pedido à ONU depois de ver congeladas as negociações com Israel. Logo após assumir a Casa Branca, em 2009, Obama declarou que alcançar a paz no Oriente médio e a formação de um Estado palestino seriam prioridade em seu governo. Quatro anos mais tarde, a situação parece ainda mais complicada. As negociações estão paradas desde 2010, diante da recusa de Israel em evitar novos assentamentos de colonos

As negociações entre israelenses e palestinos sempre foram acompanhadas pelos EUA. O Acordo de Oslo foi assinado entre Israel e a Organização pela Libertação da Palestina em 1993, na capital americana.Foi a primeira vez, desde a criação do Estado israelense, em 1948, que os dois lados se reconheceram. No ano seguinte, os palestinos conquistaram autonomia na maior parte da Faixa de Gaza e na cidade de Jericó (Cisjordânia). Os realizadores do acordo receberam o Prêmio Nobel da Paz. Um deles, Yitzhak Rabin, então primeiro-ministro israelense, foi assassinado por um jovem extremista judeu. (RT)

Pedido ao Congresso

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, solicitou ontem ao Congresso que seja estendida imediatamente a redução de impostos à classe média. Ele usou o argumento de que a medida dará a 98% das famílias e a 97% das pequenas empresas a tranquilidade de que empregos serão gerados e de que haverá um crescimento mais rápido da economia do país. “Enquanto negociamos um pacote mais amplo de redução de deficit, o Congresso deve estender o corte de impostos à classe média imediatamente”, disse Obama em sua mensagem semanal de rádio e internet.