Título: Plano contra o caos
Autor: Oliveira, Priscilla
Fonte: Correio Braziliense, 01/11/2012, Economia, p. 15

Governo exige estratégia de empresas aéreas e de operadoras de aeroportos para evitar tumulto no fim de ano

O governo reuniu ontem representantes das companhias aéreas, da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para avisar que não vai tolerar transtornos nos aeroportos no fim de ano, quando o movimento de passageiros costuma aumentar significativamente. O ministro chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, cobrou dos participantes um plano de ação, que deve ser concluído no máximo até o início de dezembro, para evitar que se repitam as situações caóticas de anos anteriores. Também estiveram no encontro dirigentes das novas concessionárias dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília.

Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, para minimizar o desconforto dos brasileiros que pretendem viajar no período de festas, os terminais e companhias aéreas terão reforço de pessoal. Somente em dezembro, há a expectativa de um aumento de 8% no movimento de passageiros, que deve alcançar 17 milhões de pessoas.

“Vamos reforçar o pessoal nos aeroportos para melhorar o atendimento. Haverá um aumento de funcionários da Anac, assim como da Infraero, e também do setor privado, das companhias aéreas. O objetivo é melhorar a qualidade do check-in e da retirada de bagagens”, afirmou o ministro.

De acordo com Wagner Bittencourt, as ações devem ser semelhantes às praticadas em anos passados. “São medidas que a gente toma todos anos para que estes eventos de pico possam ser ultrapassados, com qualidade grande de serviço prestado. Em 2011, tivemos um ganho de produtividade grande frente ao ano anterior”, declarou. Segundo a Anac, no ano passado houve uma redução, em relação a 2010, de 40% no número de voos que saíram com atraso de mais de meia hora.

Eventos Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, as medidas que estão sendo estudadas são necessárias e adequadas para garantir a eficiência do setor. Segundo ele, as companhias devem inclusive reorganizar postos de trabalho para cumprir as futuras determinações do governo. “Se houver necessidade de contratação, também será feita”, acrescentou. As ações devem servir de parâmetro para eventos de grande escala, como a Copa das Confederações, o Encontro da Juventude Cristã e o Rock in Rio.

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A Eletrobras espera receber indenização do governo de R$ 30 bilhões no processo de renovação antecipada das concessões do setor elétrico. De acordo com o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, o valor corresponde aos ativos não amortizados do grupo cujas concessões venceriam entre 2015 e 2017. A expectativa do governo, porém, é gastar não mais do que R$ 20 bilhões com o ressarcimento a todas as empresas envolvidas na renovação.