Título: PMs continuam alvo nas ruas de São Paulo
Autor: Chaib, Julia
Fonte: Correio Braziliense, 15/11/2012, Brasil, p. 10

A Polícia Militar foi alvo de ataques entre a noite de terça-feira e a madrugada de ontem em São Paulo. Um policial, que atuava na Corregedoria, foi morto a tiros no Jardim Cumbica, em Guarulhos. Outro PM foi baleado durante patrulhamento em Santana de Parnaíba. Chega a 94 o número de policiais militares mortos no estado de São Paulo. A quantidade é quase o dobro do número de PMs mortos em todo o ano de 2011, 56. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, na tarde de ontem, que não fará mudanças no comando da Segurança Pública de São Paulo por causa da onda de violência.

Por volta das 2h da madrugada desta quarta-feira, uma dupla de policiais foi alvo de disparos que partiram dos ocupantes de um carro modelo Volkswagen Tiguan preto. Segundo testemunhas, o tiroteio durou cerca de quatro minutos. Um dos militares ficou ferido e foi levado a um hospital da região. Os suspeitos conseguiram fugir.

Por volta das 21h da última terça-feira, Edgard Lavado, 43 anos, chegava em casa de moto quando foi abordado por três homens em um Ford Fiesta. Um dos suspeitos desceu do carro e atirou contra o soldado. Ele foi socorrido por testemunhas, mas não resistiu aos ferimentos. Na tarde de ontem, um suspeito de envolvimento no crime foi preso. A polícia, no entanto, não revelou a identidade do acusado. Outro homem é procurado.

Também na terça-feira, um homem foi assassinado na rodovia Engenheiro Renê Benedito da Silva, em Itapevi, Grande São Paulo. Francisco das Chagas Velozo, 37, recebeu dois tiros na cabeça, um no peito e foi encontrado morto ao lado de seu carro.

Prisão de PMs A Polícia Civil de São Paulo pediu ontem a prisão preventiva dos cinco policiais militares suspeitos de executarem o servente Paulo Batista do Nascimento, 25 anos, no último sábado. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Se o pedido for aceito pela Justiça, os acusados ficarão presos até o julgamento.

O tenente Halstons Kay Yin Chen e os soldados Francisco Anderson Henrique, Diógenes Marcelino de Melo, Marcelo de Oliveira Silva e Jailson Pimentel de Almeida estão detidos na Corregedoria da Polícia Militar desde domingo. A ação foi gravada por uma testemunha. O DHPP ainda investiga a suposta participação dos militares na morte do ajudante de pedreiro Gefferson Oliveira Soares do Nascimento, 23. Os policiais alegam que, nos dois casos, as vítimas estavam em atitude suspeita e atiraram contra os PMs.