Título: Quatro perguntas para Ivan Camargo, reitor da Universidade de Brasília (UnB)
Autor: Alcântara, Manoela
Fonte: Correio Braziliense, 21/11/2012, Cidades, p. 28

Existe um projeto de ampliação da UnB com mais unidades? Não. Agora, vamos consolidar o que está crescendo. Demos um grande passo com o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), foi excepcional para a universidade, mas, agora, precisamos zelar pela qualidade. Várias obras serão concluídas em 2013, não haverá ruptura de contratos nem de projetos. A UnB continua seu rumo. Teremos todo o cuidado com os novos cursos. Haverá um tratamento particular, especial para que as necessidades de infraestrutura e de capacitação sejam plenamente atendidas.

Quais serão as principais mudanças com a nova gestão? O que nós esperamos é desburocratizar, descentralizar e dar maior eficiência aos processos dentro da UnB. É isso que a gente espera para que a universidade, os professores e os estudantes voltem a brilhar. A gente tem que sonhar grande e vamos sonhar. Continuar crescendo é uma tendência, a demanda por novas vagas no Brasil é muito grande, e a universidade pública tem que atender isso. É claro, sem descuidar da qualidade, do mérito e da excelência acadêmica.

O que a universidade precisa em um primeiro momento? Necessitamos de laboratórios com qualidade, salas, algumas reformas importantes. A instituição precisa de água, luz. O sistema, a alimentação elétrica do Minhocão, por exemplo, está completamente ultrapassada. Tem transformador queimando, cabos velhos, desemcapados, é perigosíssimo. Precisamos agir nas coisas simples para que a comunidade acadêmica consiga usar a força de trabalho nas questões que interessam: ensino, pesquisa e extensão.

A UnB tem dinheiro para investir na qualidade e no crescimento que a sociedade demanda? Tem dinheiro quando tem projeto. O Ministério da Educação falou mais de uma vez comigo sobre isso. Vamos ter uma carteira de projetos para correr atrás dos recursos. As informações que tivemos no processo de transição são positivas, de equacionamento. Este ano, há a sinalização de que o orçamento vai fechar. Vamos assumir agora, vou receber os dados, as informações, a transição continua.