Título: Começa a debandada
Autor: Marcos, Almiro
Fonte: Correio Braziliense, 11/12/2012, Cidades, p. 26

Ainda que o senador Rodrigo Rollemberg, secretário de Organização do PSB-DF, credite a saída da base do governo Agnelo Queiroz ao resultado de uma posição majoritária no partido, ainda ontem, a legenda sofreu pelo menos duas baixas de peso. O secretário de Turismo, Luiz Otávio Rocha Neves, oficializou, em carta, a sua desfiliação da sigla, à qual era vinculada havia 17 anos. “Entendo que a permanência do PSB no GDF, seguramente, contribuiria ainda mais para o desenvolvimento dos projetos que foram assumidos na campanha de 2010”, ressaltou.

Ainda ontem, o diretor do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Gastão Ramos, também pediu desligamento do PSB. Ele disse que está no cargo por decisão exclusiva do governador, “pois, como é de conhecimento de todos, na composição do governo no fim de 2010, meu nome foi preterido pelo PSB-DF”. Gastão disse ainda que se sente desconfortável em se manter no partido.

Apesar de não haver, até ontem, a confirmação oficial de debandada, a tendência é que outros integrantes peçam desligamento do PSB nos próximos dias. Os nomes que devem deixar as fileiras do partido estarão ligados às áreas ocupadas na estrutura administrativa do GDF: secretarias de Agricultura e Turismo, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), Central de Abastecimento do DF (Ceasa), Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e Administração Regional do Lago Norte.

Desligamento Na semana passada, Lúcio Taveira Valadão e José Guilherme Leal pediram desligamento dos cargos de secretário de Agricultura e presidente da Emater, respectivamente, aos quais tinham sido indicados pelo PSB. “Como podem reclamar que o PSB não tinha espaço no GDF se ocupavam tantas funções fundamentais na estrutura administrativa?”, indaga o presidente regional do PT, deputado federal Roberto Policarpo. O indicativo da plenária do último sábado é para que todos os filiados entreguem os cargos que ocupam no governo. Atualmente, o partido tem um número entre 50 e 60 vagas no GDF.