Título: Do campo ao plenário
Autor: Colares, Juliana
Fonte: Correio Braziliense, 26/11/2012, Política, p. 4

"Sou muito mais ídolo hoje do que eu era (quando jogava fute­bol). As pessoas aindame conside­ram um dos grandes jogadores da história mundial. Mas hoje elas me veem fazendo algo de concreto", destaca ao Correio o deputado Ro­mário. No mandato, levanta as bandeiras de defesa dos direitos das pessoas com deficiência e com doenças raras e apoia a luta contra as drogas. Também atua em ques­tões ligadas ao esporte, assumin­do, inclusive, o compromisso de fiscalizar as obras da Copa do Mun­do. "Entrei na política para fazer o bem do povo e estou muito feliz."

Em relação à assiduidade, Ro­mário diz que não é um "cara pre­sente" para agradar os outros. "Co­mo eu estou começando e apren­dendo, tenho que estar presente", afirma. Comparando com a época de jogador, acrescenta que nos úl­timos oito anos de carreira, não as­sinava um contrato sem antes conversar sobre os horários dos treinos. Justificava o baixo rendi­mento nos treinos da manhã com a vida noturna agitada que levava.

Romário está feliz com a atua­ção parlamentar. "Com o meu his­tórico de jogador e ídolo, as pes­soas nunca vão me esquecer. Mas agora elas já me veem como um cara sério, que veio fazer diferente", afirma. Romário diz estar apaixo­nado por Brasília e pelas pessoas da cidade e, antes mesmo de com­pletar dois anos de mandato, co­menta que queria ter começado no novo ramo quatro anos antes. "Nes­te fim de ano, estou passando mais tempo aqui (na capital federal). Fui morar na Lagoa, tenho um campinho de futebol e uma quadra de futevôlei. Minha casa é o Rio e mi­nha política é no Rio. Mas minha performance parlamentar é mais reconhecida em Brasília."

E o baixinho continua falando o que pensa. Repetiu o que já havia dito ao Correio durante o segundo turno das eleições: não votará em Eduardo Campos, presidente do PSB e governador de Pernambuco, caso ele seja candidato à Presidên­cia da República. "Eu não tenho nada contra ele. Ele é que deve ter comigo", disse, no conhecido "esti­lo Romário".