Título: Lula recebe apoio de oito governadores
Autor: Luiz, Edson
Fonte: Correio Braziliense, 19/12/2012, Política, p. 4

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu agravo de oito governadores, incluindo Teotônio Vilela Filho, que é do PSDB. Desde a semana passada, diversos setores do PT e do governo vêm realizando movimentos em favor do ex-presidente. O primeiro ato ocorreu no Senado, na quinta-feira, quando os parlamentares relançaram o slogan "Lula é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo", que ganhou as redes sociais na sexta-feira passada.

O encontro entre Lula e os governadores, que também contou com a presença do escritor Fernando Morais, aconteceu na tarde de ontem no instituto que leva o nome do ex-presidente, em São Paulo. Além dos petistas Agnelo Queiroz (DF), Jaques Wagner (BA) e Tião Viana (AC), estiveram com Lula os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; de Mato Grosso, Silval Barbosa — ambos do PMDB —; Camilo Capiberibe (AP); e Cid Gomes (CE), os dois últimos do PSB. O oitavo integrante do grupo foi Teotônio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas. O tucano justificou a presença alegando que é amigo pessoal de Lula, a quem seu estado deve muito. "Vim como pessoa, como amigo e como governador", explicou.

"Acusação criminosa" Agnelo foi um dos mais contundentes nas críticas às acusações contra o ex-presidente. Ele classificou como "vil" o depoimento dado por Marcos Valério ao Ministério Público Federal (MPF). As declarações do publicitário — condenado como operador do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal — foram feitas em setembro, mas só se tornaram públicas recentemente.

"As acusações são criminosas. Lula merece o mínimo de respeito e isso é o que está faltando", afirmou Agnelo. "Isso é muito grave e ameaça a própria democracia do País", acrescentou.

Pelo Twitter, Tião Viana se manifestou dizendo que "Lula tem história e estatura moral que não se abalam com impulsos fascistas ou golpistas".

Os governadores se manifestarem da mesma maneira que outros petistas ou integrantes da base aliada no Congresso, após a revelação do depoimento de Marcos Valério. A intenção foi mostrar que Lula é um dos políticos mais queridos do país e que não tem envolvimento com o mensalão. "É o homem mais querido da nação, que tanto fez pelos brasileiros", disse o governador do Rio, Sérgio Cabral. "Há uma onda que, penso eu, não faz jus ao trabalho que o Lula fez ", afirmou Cid Gomes — o articulador do encontro — ressaltando que o ex-presidente tem respeito internacional e dos brasileiros.