Título: Peña Nieto promete reduzir violência
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Fonte: Correio Braziliense, 01/12/2012, Mundo, p. 25

Com o firme compromisso de reduzir a violência que causou a morte de mais de 60 mil mexicanos, Enrique Peña Nieto assume hoje a Presidência do México em uma cerimônia no Congresso que marca também o retorno ao poder do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o país por 71 anos até ser derrotado nas eleições de 2000. Peña Nieto, eleito em 1º de julho, para suceder a Felipe Calderón, prometeu também impulsionar as reformas que consolidem a competitividade de um país com um crescimento econômico que superou o do Brasil em 2011.

Espera-se que Enrique Peña Nieto, conhecido por sua eficiência na administração governamental, cumpra a promessa de solucionar a crise de segurança vivida pelo país e adote outra estratégia para o combate aos cartéis do narcotráfico se distanciando dos métodos utilizados pelo seu antecessor, criticado pela visão militarista com que encarou esse problema.

A ofensiva contra as drogas e as lutas entre os cartéis, deixaram mais de 60 mil mortos desde dezembro de 2006, quando ele chegou ao poder, desde então, a taxa de homicídios passou de 9 para 24 por cada 100.000 habitantes.

A guerra contra os narcotraficantes trouxe efeitos inesperados: “Além dos níveis de violência que dispararam de forma exorbitante e da consequente insegurança, os propósitos estabelecidos não foram cumpridos: houve uma perda de controle territorial do Estado; o consumo de drogas, que era muito pequeno no México, não diminuiu; as instituições ficaram fragilizadas e os cartéis foram atingidos, sim, mas expandiram suas atividades”, disse à AFP José Antonio Crespo, historiador e analista político.

Santiago Corcuera, ativistas de direitos humanos, alertou para “a verdadeira crise humanitária” que vive o México com aumento das denúncias de tortura, sequestros ou investigações ilegais. Justin Talli/AFP O desafio é adotar nova estratégia de combate ao crime organizadoCombates em DamascoJatos da força aérea da Síria bombardearam ontem alvos rebeldes ao longo da estrada entre a cidade e o aeroporto de Damasco, enquanto o governo de Bashar Al-Assad se esforçava para garantir a normalidade em um país isolado do resto do mundo. As conexões de Internet e linhas telefônicas estavam sem funcionar pelo segundo dia, e os võos do aeroporto de Damasco continuavam suspensos diante da falta de segurança. A Anistia Internacional considerou que o corte das comunicações “poderia anunciar a intenção das autoridades sírias de esconder do mundo a verdade sobre o que ocorre no país.

O Exército lançou uma grande ofensiva nas regiões leste e sul da capital, onde os rebeldes concentram suas tropas de retaguarda. “O Exército quer tomar o controle do lado leste do aeroporto (Ghouta), onde estão milhares de terroristas, e essas ações devem levar vários dias”, declarou à AFP uma fonte da segurança. O regime chama de terroristas os rebeldes. Por sua vez, os rebeldes informaram que a estratégia de assumir o controle impedirá a chegada de armas para as forças do governo.

A intensificação dos combates em Damasco coincide com uma importante vitória dos rebeldes que derrotaram as tropas do governo e assumiram o controle do campo de petróleo de Omar, no leste do país, próximo à fronteira com o Iraque.