De acordo com relatos, integrantes da ala militar têm defendido ono medo A GU, soba justificativa de que ele, além de ter menos ligação com o clã presidencial, teria mais “musculatura jurídica” para o cargo. Mendonça conheceu Bolso na roa pena sem 21 de novembro de 2018, no mesmo dia em que foi escolhido para comandar a Advocacia-Geral da União. Ele foi levado naquela ocasião ao gabinete do governo de transição no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília justamente por Oliveira.

A avaliação dos aliados do presidente é que a escolha de Mendonça o pouparia de críticas sobre suposta tentativa de tutela do Planalto sobre a Justiça. Oliveira, até então o mais cota dopara oposto, já foi chefe de gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro( PS L SP ), e opai dele trabalhou com o presidente por 20 anos.

Desde que o ministro da Secretaria-Geral passou a ser apontado como provável substituto de Moro, Bolsonaro tem sido questionado por escolher um amigo da família. Para aliados,o movimento daria força à tese de que o Planalto estaria atuando para controlara Polícia Federal e acessoa relatórios de investigações, como disse o ex-ministro Sergio Moro.

Pela manhã, o presidente chegou a consultara Procuradoria-Geralda República sobre as possíveis nomeações de Jorge Oliveira para a Justiça e do delegado Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para o comando da PF. A resposta foi ad eque não haveria qualquer impedimento do ponto de vista legal. Mas as consequências políticas pesam sobre a decisão.

Na tarde de ontem, Bolsonaro afirmou na porta do Palácio da Alvorada que o novo ministro da Justiça “vai ser surpresa ”, em um indicativo de que poderá mudar de ideia sobre a indicação de Jorge Oliveira. Na conversa, tratou Mendonça como “um bom nome”.

—Vocês vão ter uma surpresa positiva, tem dois nomes postos à mesa, o Jorge e outro. Eu não vou falar porque, se muda, vão falar que eu recuei.

Além de conhecimento técnico,Bolsonaro disseque busca“capacidade de dialogar com outros poderes, que tenha boa entrada no Supremo, no TCU, no Congresso”.

Em meados do ano passado, Mendonça passou a ser cotado para uma indicação de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). A possível indicação do AGU para o Ministério da Justiça tem, inclusive, respaldo no Supremo. Mendonça tem relação de longa data como presidente da corte,Toffoli—de quem, em 2008, recebeu o convite para assumira direção do Departamento de Patrimônio e Probidade da AGU.

Enquanto reavalia a escolha para a Justiça, Bolsonaro se mantém na disposição de indicar Ramagem para comandar a PF. O presidente afirmou aos jornalistas que “a princípio” Ramagem “é o indicado mesmo”. Bolsonaro destacou ter conhecido o delegado antes dos filhos. Uma das polêmicas da indicação é o fato de Ramagem sera mi godos filhos do presidente, especialmente o vereador Carlos Bolsonaro.

De saída, Maurício Valeixo esteve ontem nase deda PF paras e despedir. Segundo a colunista Bela Me gale, ele também fez backup do seu celular para preservar os dados do aparelho, que deve ser devolvido. Perguntado se tem conversas que provam interferência política no seu trabalho, Valeixo disseque não e que isso“é assunto entre Moro e o presidente.