Título: Um país sob suspense
Autor: Tranches, Renata
Fonte: Correio Braziliense, 01/01/2013, Mundo, p. 11

VENEZUELA / Após declaração do vice, réveillon é cancelado. Para jornalista, Chávez estaria à beira da morte

A Venezuela vivia ontem um clima de tensão e expectativa. Com seu popular líder Hugo Chávez recém-operado em Cuba, as dúvidas sobre o real estado da saúde do mandatário aumentam o clima de incerteza. A festa de réveillon programada para a noite de ontem, na Praça Bolívar, em Caracas, foi cancelada. As autoridades pediram que o país "se una em oração" por Chávez. Na noite anterior, o vice-presidente e herdeiro político do líder, Nicolás Maduro, fez um pronunciamento, em rede nacional de rádio e tevê, reconhecendo a piora de Chávez. Ele viajou a Havana no fim de semana para visitar o presidente, submetido a uma cirurgia em 11 de dezembro para o tratamento de um câncer.

Na manhã de ontem, além do pronunciamento, os jornais venezuelanos noticiaram que a Prefeitura de Caracas havia suspendido a festa e os shows gratuitos programados para a noite complicações pós-cirúrgicas. O governo não fornece muitos detalhes sobre a localização ou o estágio do tumor, mas especula-se que seja na região pélvica. Comunicados oficiais informaram que Chávez já havia sofrido um sangramento inesperado e que os médicos tiveram de tratar uma infecção respiratória. "Há alguns minutos estivemos com o presidente Chávez. Ele nos cumprimentou e ele próprio falou sobre essas complicações", declarou Maduro, no pronunciamento transmitido também pela internet. "Graças à sua força física e espiritual, o comandante Chávez está enfrentando essa situação difícil." O governo se manifestou depois de vários dias de especulações e boatos nas redes sociais sobre a saúde do líder bolivariano, que deveria tomar posse para o quarto mandato no próximo dia 10 de janeiro. Alguns sites de notícias da América Latina, como o CNN Plus Costa Rica, chegaram a afirmar que Chávez já teria morrido. de ano-novo. A chefe do governo do Distrito Capital (antigo Distrito Federal), ao qual pertence Caracas, Jacqueline Faria, confirmou o cancelamento em sua conta no microblog Twitter e escreveu: "Todos em oração, enviando força ao nosso comandante para superar este momento difícil".

O jornalista venezuelano Nelson Bocaranda, conhecido por divulgar informações não autorizadas sobre a saúde do presidente, afirmou ontem, em sua coluna, que o anúncio de Maduro foi o começo da preparação do governo para "qualquer má noticia que possa dizer respeito à vida do mandatário". De acordo com Bocaranda, a notícia da morte de Chávez seria iminente.

Ao lado de Rosa Virginia, uma das filhas de Chávez,Maduro garantiu, na noite de domingo, ter se reunido com o presidente momentos antes, e que ele próprio teria lhe informado sobre as complicações pós-cirúrgicas. O governo não fornece muitos detalhes sobre a localização ou o estágio do tumor, mas especula-se que seja na região pélvica. Comunicados oficiais informaram que Chávez já havia sofrido um sangramento inesperado e que os médicos tiveram de tratar uma infecção respiratória. "Há alguns minutos estivemos com o presidente Chávez. Ele nos cumprimentou e ele próprio falou sobre essas complicações", declarou Maduro, no pronunciamento transmitido também pela internet. "Graças à sua força física e espiritual, o comandante Chávez está enfrentando essa situação difícil."

O governo se manifestou depois de vários dias de especulações e boatos nas redes sociais sobre a saúde do líder bolivariano, que deveria tomar posse para o quarto mandato no próximo dia 10 de janeiro. Alguns sites de notícias da América Latina, como o CNN Plus Costa Rica, chegaram a afirmar que Chávez já teria morrido.