Apesar das conclusões do inquérito apontarem que Adélio agiu sozinho, o pedido de arquivamento é provisório em razão de diligências que dependem de uma posição do Supremo Tribunal Federal (STF). Os investigadores aguardam a Corte decidir se a perícia do celular e de dados bancários e fiscais de Zanone Manuel de Oliveira, o advogado do autor da facada, pode ser feita pela PF no âmbito dessa investigação. Se o pedido for atendido, o caso fica paralisado até o Supremo decidir sobre as diligências envolvendo a defesa de Adélio.

O objetivo dos investigadores com a análise do material é saber se o advogado foi pago para atender Adélio e por quem. Para o MPF, resta a identificação da origem dos honorários pagos para a defesa, que não foi contratada pelo próprio acusado nem por seus familiares.

“Nesta investigação, também não há suspeita de participação dos advogados na infração penal. E a identificação da origem dos honorários alegadamente contratados faz-se igualmente necessária à completa elucidação do fato. Trata-se da linha de investigação ainda pendente, em coerência com a orientação de exaurimento de todas as hipóteses cogitadas”, conclui a manifestação.