O Estado de São Paulo, n.46246, 30/05/2020. Economia, p.B9

 

O brasileiro e o momento econômico atual

Felipe Siqueira

Luisa Laval

30/05/2020

 

 

Pandemia do novo coronavírus mudou a rotina do empresário e do trabalhador; todos tiveram de se reinventar para superar a crise
A paralisação da economia após a adoção de medidas de isolamento para tentar conter o avanço do novo coronavírus derrubou o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre de 2020.

A atividade econômica teve retração de 1,5%, afetada pelo fechamento de indústrias e comércio a partir da segunda metade de março e também pela queda no consumo das famílias. Além da perda de renda generalizada, o isolamento impediu que os brasileiros saíssem de casa para fazer compras – o consumo se limitou ao essencial.

A rotina da população mudou e todos tiveram de procurar soluções para atravessar esse momento inédito na vida do brasileiro e da população mundial em geral. Queda na atividade econômica e aumento no desemprego não são exclusividades do Brasil.

O baque atingiu tanto as grandes empresas – que têm recorrido à suspensão de contratos de trabalho, redução de jornada e salários e, no extremo, a demissões – quanto os médios e pequenos negócios.

No entanto, as grandes empresas, geralmente, têm mais fôlego antes de chegarem a demitir os funcionários, ou mesmo a fechar as portas.

Cresceu o comércio online com o uso de aplicativos. Com medo do contágio, o brasileiro está evitando aglomerações e a rotina de ir a supermercados tem sido trocada pelas compras pela internet. Bares e restaurantes incrementaram seus serviços de delivery.

Os motoboys entregam de documentos a comida. Os microempreendedores usam as redes sociais na busca de clientes. Artistas recorrem a lives.

Mas tudo isso não conseguiu evitar que a taxa de desemprego subisse para 12,6% em abril e quase 5 milhões de brasileiros perdessem o emprego no País.

A reportagem do Estadão foi ouvir a história desses brasileiros que buscam caminhos para atravessar um dos momentos mais difíceis da economia do País.