Título: Eletricidade
Autor: Cristino, Vânia; Oliveira, Priscilla
Fonte: Correio Braziliense, 15/01/2013, Economia, p. 10

Para Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, independentemente da idade, os consumidores devem ficar atentos, pois o governo conta com diversos fatores que podem não se comportar como o desejado para manter os preços sob controle. Um deles é a redução média de 20,2% na conta de luz a partir de fevereiro. O problema é que, com o uso de usinas térmicas, cinco vezes mais caras que as hidrelétricas, o barateamento da energia elétrica pode não ser o prometido pela presidente Dilma Rousseff.

Na contramão dos seus colegas, o economista André Perfeito, da Gradual Investimento, acredita que o governo terá sucesso no controle do custo de vida. Tanto que trabalha com uma inflação de 4,8% em 2013, índice muito próximo do centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,5%. Isso porque não vê possibilidade de uma retomada forte do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo do ano. Ele projeta expansão econômica de apenas 2,8%. “A taxa de desemprego vai parar de cair e, com isso, os salários não vão subir tanto. Também não acredito, por enquanto, em outro choque de oferta de alimentos”, disse.