Título: Fiscalização fecha 5 boates no DF
Autor: Valadares, João
Fonte: Correio Braziliense, 03/02/2013, Brasil, p. 7

O pente-fino de vários órgãos do Distrito Federal em boates de Taguatinga e do Plano Piloto interditou pelo menos mais cinco estabelecimentos entre a noite de sexta e a madrugada de sábado. A ação faz parte da Operação Bares da Moda, que tem como objetivo reforçar a fiscalização e segurança em estabelecimentos de diversão e entretenimento, intensificada após a tragédia boate Kiss em Santa Maria (RS). Coordenados pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), a Polícia Militar, a Vigilância Sanitária, o Corpo de Bombeiros, a Vara da Infância e Adolescência e a Secretaria de Estado da Ordem Pública e Social do DF, as autoridades visitaram na madrugada de ontem 26 estabelecimentos. Do total com acesso proibido, três ficam em Taguatinga. Na quinta-feira, 16 casas noturnas e bares já haviam sido fechados. Entre os locais impedidos de funcionar está o pub UK Brasil, na 411 Sul, e o bar Coliseu, no Pistão Sul. Ambos estavam com o alvará vencido. O gerente do Coliseu, Juarez Pereira de Souza, disse que não sabia que a validade do documento havia expirado. O Corpo de Bombeiros avaliou que a segurança do estabelecimento é adequada e que o público não corre risco. De acordo com o major Pablo Xavier, do Corpo de Bombeiros, o local possui ampla saída de emergência. %u201CApesar disso, faremos nova vistoria em todas as casas visitadas%u201D, explicou. A reportagem não conseguiu contato com o UK Brasil. Segundo o superintendente de fiscalização de atividades econômicas da Agefis, Cláudio Caixeta, a maior parte dos estabelecimentos estava com os documentos em dia. %u201CTivemos menos casos de irregularidade nessa operação. Uma das casas não tinha licença de funcionamento, mas apresentou uma liminar.%u201D Além dessas, a Vigilância Sanitária também fechou na sexta-feira a boate Capital, em Taguatinga Norte, por falta de higiene. O chefe do órgão na cidade, Marcos Filomeno, ressaltou que o local não tinha condições mínimas para receber as 400 pessoas que estavam na casa. %u201CSe os pais soubessem onde os filhos estavam, não os deixariam ir%u201D, frisou. O advogado da boate, Cássius Barbosa, entretanto, reforça que, pela notificação deixada no local, a boate não ficou impedida de funcionar. %u201CA notificação da vigilância não faz nenhuma interdição, mas, na sexta-feira, determinaram que fosse suspensa a saída de todos. Houve uma arbitrariedade%u201D, alega. Segundo ele, a casa não infringiu as normas sanitárias e está com os documentos em situação regular.