Título: Teoria e prática
Autor: Rodrigues, Gizella; Alves, Renato
Fonte: Correio Braziliense, 03/02/2013, Cidades, p. 23

O curso de medicina melhor avaliado no DF é o da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS). Trata-se de uma instituição pública, mantida pelo GDF. Com 418 alunos matriculados, ela tem um conceito Enade 5, a nota máxima, e o Conceitos Preliminares de Curso (CPC), que leva em consideração a formação do corpo docente e a estrutura da faculdade, é 4 (o máximo também é 5).

Cerca de 80 médicos se formam na ESCS a cada ano e eles são preparados para o mercado de trabalho de uma maneira diferente. No método de ensino tradicional, o estudante primeiro aprende a teoria e, depois, nos últimos anos, vai para o hospital colocá-la em prática. Na faculdade distrital, acontece o contrário. Em um método cada vez mais usado no mundo, desde o primeiro ano, o aluno é apresentado aos conhecimentos teóricos nas próprias unidades de saúde. “Se ele observa o atendimento de um paciente com gripe, por exemplo. Ele estuda o que é a doença e os seus sintomas, depois disso”, explica Paulo Roberto Silva, coordenador do curso de medicina da ESCS.

Os estudantes da escola superior fazem estágios em cinco hospitais públicos do DF: O Hospital de Base, o Hospital Regional de Taguatinga, o Hospital Regional de Sobradinho, o Hospital Regional da Asa Norte e o do da Asa Sul. Por isso, são preparados para enfrentar a realidade da rede pública de saúde. “Além disso, eles acompanham o trabalho em postos de saúde, nas equipes de saúde da família. Procuramos formar médicos com o perfil do sistema público, com um conhecimento amplo em todas as especialidades”, afirma Silva.

Das quatro faculdades do DF, as particulares têm as piores avaliações, mas que não são consideradas insuficientes pelo MEC. Tanto a Universidade Católica quanto a Faculdades Integradas do Planalto Central (Faciplac) têm conceitos Enade e CPC 3, o que o ministério avalia como regular. A Universidade de Brasília tem conceitos Enade e CPC iguais a 4.

Avaliação O exame avalia o rendimento dos alunos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e se apresenta como condição indispensável para a emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004.