Título: G-7 quer evitar guerra cambial
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Fonte: Correio Braziliense, 12/02/2013, Economia, p. 9
O G7, grupo das principais economias desenvolvidas, deve reafirmar esta semana o compromisso de acatar as taxas de câmbio “determinadas pelo mercado”. O comunicado, esperado por autoridades da zona do euro, será uma resposta ao acalorado debate sobre a guerra cambial, que voltou à tona na semana passada, depois que a França pediu uma meta de médio prazo para a cotação do euro. Berlim rejeitou a sugestão de François Hollande, presidente francês, alegando que não via a divisa sobrevalorizada.
O comunicado, se aprovado pelos países, deverá ser divulgado na reunião de ministros das Finanças do G20 e dos bancos centrais, que começa na próxima sexta-feira e termina no sábado, em Moscou. “O documento concentra-se no compromisso de que as taxas de câmbio serão determinadas pelo mercado, e que os governos não vão utilizar políticas para manipular moedas”, explicou uma autoridade.
A posição da França, no entanto, não foi totalmente descartada, embora membros do Banco Central Europeu (BCE) pensem diferente. Joerg Asmussen, membro do conselho executivo do BCE, afirmou que “o núcleo do problema (da França) está dentro do país e não na taxa de câmbio”.
Mais comedido, o presidente do BCE, Mario Draghi, assegurou que o banco irá monitorar o impacto econômico de um euro mais forte, alimentando as expectativas sobre a possibilidade de corte na taxa de juros, o que pressionaria o euro para baixo. Draghi sabe que o presidente francês não vai jogar a tolha tão cedo e que o assunto terá espaço nas reuniões entre os ministros das finanças da comunidade europeia.
Alemanha
Depois de encolher no último trimestre de 2012 — o percentual oficial ainda não foi divulgado, mas estimativas preliminares indicam um recuo de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do país — a economia alemã vai voltar a acelerar este ano. A previsão é do Ministério da Economia da Alemanha.
“Embora resultados ruins na produção industrial e na construção apontem para uma contração do PIB no quarto trimestre de 2012, há crescentes sinais de que vamos em breve superar esse período de fraco crescimento econômico”, afiançou o ministério em seu relatório mensal.
China ultrapassa Estados Unidos A China superou os Estados Unidos como a maior potência comercial do planeta pela primeira vez na história. Em 2012, a soma das exportações e importações americanas alcançou US$ 3,82 trilhões, enquanto a China superou US$ 3,87 trilhões. Desde 2009, a China já tinha alcançado o patamar de maior exportador do mundo. Agora rouba a cena como a maior nação comerciante. Os Estados Unidos ainda superam a nação asiática em termos de importação. No ano passado, enquanto os Estados Unidos importaram US$ 2,2 trilhões em mercadorias e serviços, a China importou US$ 1,8 trilhão.Lisi Niesner/Reuters - 7/2/13Mario Draghi: BCE vai monitorar o impacto econômico do euro mais forte