Correio braziliense, n. 20927, 09/09/2020. Cidades, p. 16

 

Idade pode interferir na resposta de vacina

Thais Umbelino 

09/09/2020

 

 

Desde o início das testagens da vacina contra a covid-19 no Brasil, há dúvidas em relação a eficácia da imunização. Resultados preliminares de testes das fases 1 e 2 da vacina elaborada pela empresa chinesa Sinovac Biotech, por exemplo, mostram que, apesar de seguro, o medicamento tem resposta imunológica ligeiramente menor no grupo de pessoas com mais de 60 anos, a informação foi publicada pela agência de notícia Reuters. No entanto, segundo especialistas, a notícia não deslegitima a confiabilidade e segurança da vacina que, atualmente, está sendo testada na fase 3, no Brasil, pelo Instituto Butantan.

Coordenador da pesquisa da empresa chinesa no Distrito Federal, o infectologista Gustavo Romero explica que o envelhecimento natural do sistema imunológico interfere no desenvolvimento de anticorpos. “A idade é um fator que pode modificar a qualidade e a intensidade referente à imunização. Pode ser que pessoas mais velhas respondam um pouco menos, mas, mesmo assim, estão protegidas”, afirma. O especialista garante que a pesquisa segue “sem nenhum problema” na capital. “Estamos aguardando que o estudo seja concluído e analisado”, acrescenta o professor.

A infectologista e especialista em vacinas do Laboratório Exame Maria Isabel de Moraes Pinto reforça que a resposta da imunização não está relacionada com a segurança do medicamento. “O fato de as pessoas não reagirem à vacina não significa que ela não seja segura. Indica que a proteção não é tão alta quanto se esperava, mas é eficaz”, avalia.

Em 2020, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 364 mil idosos no DF. De acordo com boletim covid-19, divulgado ontem pela Secretaria de Saúde, cerca de 5% dessa população (18.188) testaram positivo para o novo coronavírus. Ao todo, 1.849 pessoas com mais de 60 anos morreram devido à covid-19 na capital federal, o equivalente a 10,16% do total de idosos infectados.

Rússia

Além da vacina da chinesa Sinovac Biotech, outras possibilidades podem chegar à capital federal. Na última semana de agosto, o secretário interino de Saúde do DF, Osnei Okumoto, reuniu-se com o embaixador russo Sergey Akopov com objetivo de verificar a viabilidade de a vacina russa ser testada e produzida no DF. Em nota, a Secretaria de Saúde confirmou o encontro, mas esclareceu que o Programa de Imunização do DF atua em consonância com as orientações e diretrizes do Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização. “A equipe de imunização do DF é composta por profissionais de relevante competência e experiência na área, estando preparada para absorver mais esta vacina no calendário vacinal, caso seja, realmente, comprovada a sua eficácia e segurança para ser utilizada em campanhas de saúde pública”, afirmou o texto.

Principais golpes

Perfil falso no WhatsApp

Nesse golpe o criminoso usa a foto da vítima e cria uma conta no WhatsApp. Então, o criminoso manda mensagens para os contatos da pessoa pedindo dinheiro emprestado ou que paguem boletos.

Roubo de WhatsApp com perguntas sobre coronavírus

Nesse truque, o objetivo é roubar a conta de WhatsApp da vítima para aplicar golpes nos contatos dela. O criminoso faz com que o usuário informe o código de seis dígitos, utilizado para a ativação da conta no aplicativo, fingindo fazer uma pesquisa sobre o coronavírus.

Phishing (pescaria)

Nesse golpe, o criminoso se passa por uma empresa para roubar dados e acessar a conta bancária da vítima. O criminosos se utilizam de ligações e mensagens para enganar o alvo.

Sites de leilão falso

Os criminosos criam sites de leilão que parecem confiáveis, após vencer o lance e depositar o dinheiro, o apostador não recebe o que foi prometido.