Correio braziliense, n. 20939, 21/09/2020. Brasil, p. 5
País contabiliza 363 óbitos em 24 horas
21/09/2020
O número de contaminados pelo coronavírus chegou a 4.544.629 neste domingo, com o registro de 16.389 novos casos. O acumulado de mortes por covid-19 chegou a 136.895, com 363 óbitos registrados entre sábado e domingo. Vale lembrar que os dados do Painel Coronavírus do Ministério da Saúde sofrem uma pequena subnotificação com números que se reajustam durante o fim de semana.
O Ministério da Saúde informou que “os dados de óbitos dos estados do Tocantins, de Roraima e do Amapá seguem os mesmos de ontem (sábado) pois não foram atualizados pelos estados”. A pandemia entrou, oficialmente, na 39ª semana no Brasil, após encerrar com aumento o número de pessoas que se infectaram e das que perderam a vida na 38ª semana: respectivamente de 212.553 e 5.322, contra 192.687 e 5.007 no período anterior.
Apesar do aumento na última semana epidemiológica, os dados do painel da Saúde indicam uma suave redução no número de mortos e contaminados nos últimos dias. É em meio a esse cenário de incerteza que o brasileiro acompanha notícias relacionadas ao desenvolvimento de vacinas contra o vírus. Entre elas, a de que o governador de São Paulo, João Dóoria, anunciou que o estado receberá, em outubro, 5 milhões de doses da vacina CoronaVac.
O produto está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. São Paulo é o estado que mais registrou casos do vírus, e acumula 935.300 contaminados e 33.952 mortes, mais da metade do total de pessoas que perderam a vida no Sudeste por conta da covid-19.
Ampliação
A previsão é de que a unidade da federação receba 46 milhões de doses até dezembro, pois o Butantan também começará a produzir a vacina. O Brasil passou a ter capacidade de produzir a imunização após uma transferência de tecnologia da Sinovac Biotech. O prédio do instituto passará por obras em novembro para ampliar a estrutura física e, consequentemente, aumentar a produção de vacinas.
A CoronaVac está na fase três de testes em humanos, a última etapa para provar a eficácia do produto. No país, o imunizante passa por testes desde julho. A meta é aplicar em 9 mil voluntários. Cada um receberá duas doses no intervalo de 15 dias, e médicos avaliarão a resposta imunológica dos vacinados. Além de São Paulo, há centros de pesquisa fazendo aplicações em Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.