O globo, n. 31829, 28/09/2020. Economia, p. 19

 

Reforma tributária e Renda Cidadã têm aval de Bolsonaro

Gabriel Shinohara

Paulo Cappelli

Paula Ferreira

Naira Trindade

28/09/2020

 

 

 Projetos serão apresentados hoje ao Congresso, diz líder do governo. Novo imposto deve bancar ampla desoneração da folha salarial

BRASÍLIA - Os projetos da reforma tributária e do Renda Cidadã, novo programa social que vai substituir o Bolsa Família, já foram validados pelo presidente Jair Bolsonaro e serão apresentados aos líderes do Congresso hoje, antes de serem divulgados ao público. A informação é do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). 

Barros passou o fim de semana em reuniões com o ministro Paulo Guedes e técnicos, no sábado, para tratar das propostas tributárias. E com o senador Márcio Bittar (MDB-AC), o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ontem, para acertar os detalhes do Renda Cidadã.

  MUDANÇAS NO IR

Na área tributária, tanto Barros quando Guedes acenaram que será apresentado um novo imposto sobre transações como forma de compensar uma ampla desoneração da folha de pagamentos.

Como uma forma de vencer a forte resistência ao novo imposto, também haveria uma revisão da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) da pessoa física para R$ 3 mil. No lado das empresas, a ideia é diminuir o IR com compensação via tributação de lucros e dividendos.

— Estamos fazendo os últimos ajustes, mas algumas bases nós já acertamos. Vamos simplificar impostos, reduzir alíquotas, aumentar a faixa de isenção, criar ambiente mais favorável para negócios, para geração de emprego, principalmente com foco na desoneração da folha —disse Guedes. 

Um participante da reunião de sábado ouvido em caráter reservado pelo GLOBO afirmou que o governo possui alternativas à criação de um novo imposto. Essas alternativas miram aumento de arrecadação e redução de despesas orçamentárias.

O desenho do Renda Cidadã está a cargo de Bittar, relator da PEC do Pacto Federativo. O desafio é criar espaço no Orçamento para ampliar o Bolsa Família e acolher as famílias que estão se mantendo com o auxílio emergencial . 

Segundo Eduardo Gomes, são várias as possibilidades de financiamento. O líder não quis entrar em detalhes, mas reforçou duas decisões:

— Não se aumenta a carga tributária, nem se ultrapassa o teto de gastos.

Projetos serão apresentados hoje ao Congresso, diz líder do governo. Novo imposto deve bancar ampla desoneração da folha salarialOs projetos da reforma tributária e do Renda Cidadã, novo programa social que vai substituir o Bolsa Família, já foram validados pelo presidente Jair Bolsonaro e serão apresentados aos líderes do Congresso hoje, antes de serem divulgados ao público. A informação é do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Os projetos da reforma tributária e do Renda Cidadã, novo programa social que vai substituir o Bolsa Família, já foram validados pelo presidente Jair Bolsonaro e serão apresentados aos líderes do Congresso hoje, antes de serem divulgados ao público. A informação é do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Barros passou o fim de semana em reuniões com o ministro Paulo Guedes e técnicos, no sábado, para tratar das propostas tributárias. E com o senador Márcio Bittar (MDB-AC), o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ontem, para acertar os detalhes do Renda Cidadã.
Barros passou o fim de semana em reuniões com o ministro Paulo Guedes e técnicos, no sábado, para tratar das propostas tributárias. E com o senador Márcio Bittar (MDB-AC), o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ontem, para acertar os detalhes do Renda Cidadã.
MUDANÇAS NO IR
Na área tributária, tanto Barros quando Guedes acenaram que será apresentado um novo imposto sobre transações como forma de compensar uma ampla desoneração da folha de pagamentos.
Como uma forma de vencer a forte resistência ao novo imposto, também haveria uma revisão da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) da pessoa física para R$ 3 mil. No lado das empresas, a ideia é diminuir o IR com compensação via tributação de lucros e dividendos.
— Estamos fazendo os últimos ajustes, mas algumas bases nós já acertamos. Vamos simplificar impostos, reduzir alíquotas, aumentar a faixa de isenção, criar ambiente mais favorável para negócios, para geração de emprego, principalmente com foco na desoneração da folha —disse Guedes.
— Estamos fazendo os últimos ajustes, mas algumas bases nós já acertamos. Vamos simplificar impostos, reduzir alíquotas, aumentar a faixa de isenção, criar ambiente mais favorável para negócios, para geração de emprego, principalmente com foco na desoneração da folha —disse Guedes.
Um participante da reunião de sábado ouvido em caráter reservado pelo GLOBO afirmou que o governo possui alternativas à criação de um novo imposto. Essas alternativas miram aumento de arrecadação e redução de despesas orçamentárias.
O desenho do Renda Cidadã está a cargo de Bittar, relator da PEC do Pacto Federativo. O desafio é criar espaço no Orçamento para ampliar o Bolsa Família e acolher as famílias que estão se mantendo com o auxílio emergencial .
O desenho do Renda Cidadã está a cargo de Bittar, relator da PEC do Pacto Federativo. O desafio é criar espaço no Orçamento para ampliar o Bolsa Família e acolher as famílias que estão se mantendo com o auxílio emergencial .
Segundo Eduardo Gomes, são várias as possibilidades de financiamento. O líder não quis entrar em detalhes, mas reforçou duas decisões:
— Não se aumenta a carga tributária, nem se ultrapassa o teto de gastos.