Título: Orçamento segue na fila
Autor: Caitano, Adriana; Almeida, Amanda; Braga, Juliana
Fonte: Correio Braziliense, 06/03/2013, Política, p. 2

Em meio ao cabo de guerra dos royalties do petróleo, a votação do Orçamento 2013 acabou adiada mais uma vez. A previsão era de que a matéria fosse analisada após o veto que divide estados produtores e não produtores do pré-sal. Embora fosse possível votar o Orçamento antes, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), preferiu deixar a discussão para hoje. O atraso — a proposta referente aos gastos deveria ter sido votada no ano passado — não preocupa o Palácio do Planalto, que garantiu R$ 42,5 bilhões em investimentos por meio de medida provisória.

Depois de decidir adiar a votação dos vetos, Calheiros abriu rapidamente a sessão de ontem, em que seria analisado o Orçamento, apenas para ler a reedição do texto dos royalties. A avaliação é de que se fosse prolongada a reunião para a votação da peça orçamentária, os parlamentares dos estados produtores aproveitariam o espaço para fazer pressão pela manutenção do veto, o que desgastaria ainda mais o Congresso. Independentemente do pré-sal, os parlamentares não pareciam se preocupar com o Orçamento. O assunto foi esquecido ontem.

O relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que espera a votação da matéria ainda nesta semana. “Queremos votar rapidamente o Orçamento porque ele é uma peça fundamental para a retomada do crescimento econômico, para a geração de emprego. Nós tivemos um crescimento em 2012 pequeno, de 0,9%, isso é um alerta para a sociedade brasileira. É preciso tomar medidas e, sem dúvida nenhuma, o Orçamento é um elemento importante.”