O Estado de São Paulo, n.46299, 22/07/2020. Metrópole, p.A23

 

Brasil registra 1.346 mortes em 24h

Sandy Oliveira

Mariana Hallal

22/07/2020

 

 

País chega a 81.597 óbitos por covid-19. Nos últimos sete dias, chegou a 1.048 a média diária de mortos por conta da infecção

Segundo país do mundo com mais contaminados e mortos pela covid-19, o Brasil registrou novamente ontem mais de mil óbitos pela doença.

Foram 1.346 novas mortes e mais 44.887 casos confirmados de infecção em 24 horas, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.

No total, 81.597 vidas já foram perdidas por causa do novo coronavírus e 2.166.532 pessoas foram infectadas. O País contabilizou mais de 100 mil novos casos em apenas quatro dias. Nos últimos sete dias, o Brasil registrou uma média diária de 1.048 óbitos por covid-19.

O Brasil é a segunda nação do mundo com maior número de casos e mortes por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 3,8 milhões de infecções confirmadas e 141 mil óbitos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

O país retomou ontem o patamar de mais de 40 mil infecções e mais de mil mortes, como ao longo da semana passada.

O Estado de São Paulo chegou a 20.171 mortes por novo coronavírus ontem, das quais 383 foram registradas nas últimas 24 horas. O número de casos confirmados é de 422.669, um acréscimo de 6.235 casos.

Pesquisa. Já o Ministério da Saúde não confirmou a renovação do financiamento da Epicovid19-br, principal pesquisa sobre a incidência do coronavírus na população brasileira. O estudo é conduzido pela Universidade Federal de Pelotas e contou com verba federal nas três primeiras fases da etapa nacional.

Pedro Hallal, reitor da UFPEL e coordenador do estudo, afirma que a pesquisa está parada por falta de recursos. A instituição pretende buscar outras formas de financiamento tanto no setor público quanto no privado.

Hallal diz que o ministério não procurou a universidade para dar continuidade ao estudo, que apresentou os últimos resultados no dia 3 de julho. Ele acredita que a interrupção da pesquisa é motivada por razões políticas. "Não há motivos técnicos. Parar a pesquisa no meio da pandemia é inaceitável", afirma.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que "dará continuidade a estudos de inquérito epidemiológico de prevalência de soropositividade na população". O texto fala que o órgão ainda não definiu qual pesquisa continuará financiando. O ministério também afirmou que as três etapas da Epicovid19-br inicialmente previstas foram executadas. O governo federal investiu R$ 12 milhões no estudo.