Título: Dilma lidera
Autor:
Fonte: Correio Braziliense, 23/03/2013, Política, p. 6

Duas pesquisas divulgadas ontem mostram a presidente Dilma Rousseff como a principal favorita nas eleições presidenciais de 2014. A pesquisa Datafolha, realizada entre 20 e 21 de março e que ouviu 2.653 pessoas, revela que, se as eleições ocorressem hoje, Dilma teria 58% das intenções de voto, contra 16% da ex-senadora Marina Silva (Rede). Pouco atrás, aparecem o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com 10% das intenções de voto, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 6%, empatado com brancos e nulos.

Já a pesquisa Ibope, divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo e que ouviu 2002 pessoas entre 14 e 18 de março, traz Dilma com 56% das intenções de voto, Marina com 40%, Aécio com 25% e Eduardo Campos com 10%. O Ibope, contudo, trabalhou junto das entrevistas o potencial de voto de cada um, somando-se o percentual daqueles que apoiariam com certeza o candidato com aqueles que poderiam votar, subtraindo-se dos que não escolheriam o candidato de jeito nenhum.

Por essa metodologia, Dilma é a única com saldo positivo, já que 76% poderiam dar a ela seu voto e 20% não fariam isso de maneira nenhuma. Marina fica zerada: 40% votariam ou poderiam votar nela e outros 40% não aceitariam apoiá-la de jeito nenhum. Aécio tem 25% de eleitores que votariam ou poderiam votar nele hoje, contra 36% que rejeitam seu nome: saldo negativo de 11 pontos. Já Eduardo Campos tem saldo negativo de 25 pontos: 10% admitem votar nele contra 35% que não o escolheriam de jeito nenhum.

A situação de Campos e Aécio, no entanto, não sereia tão negativa porque ambos são desconhecidos: 39% não conhecem Aécio; 54% desconhecem Campos. As duas pesquisas têm margem de erro de dois pontos percentuais.

O Ibope testou ainda os potenciais de voto do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que chegou a ser considerado presidenciável após o julgamento do mensalão. O magistrado atingiu um potencial de 17%: 4% dos eleitores dizem que votariam nele com certeza, e 13% afirmam que poderiam votar.