Título: GM deve cortar 602
Autor: Batista, Vera
Fonte: Correio Braziliense, 26/03/2013, Economia, p. 10
Depois de um período de trégua com seus funcionários, a General Motors (GM) avisou que poderá retomar o processo de demissão na fábrica de São José dos Campos, interior de São Paulo. O anúncio coincide com a volta, hoje, de 779 trabalhadores ao setor de montagem, depois de um período de afastamento, chamado de lay-off. Apesar das tentativas do Sindicato dos Metalúrgicos de reverter os possíveis cortes, a empresa afirmou, na última sexta-feira, que apenas aqueles considerados estáveis serão mantidos no quadro de pessoal. O clima esquentou, pois a expectativa é de que 602 pessoas percam o emprego.
Segundo a GM, dos 779 funcionários afastados em outubro do ano passado, que tiveram o lay-off prorrogado por mais três meses, 40 teriam pedido demissão e 137 são considerados estáveis, pois têm doenças funcionais ou estão prestes a se aposentar. Esses número são contestados pelo sindicato, que aponta mais de 300 em tais condições. Ontem pela manhã, houve uma assembleia de trabalhadores, mas pouco mais de 80 compareceram, o que fez com que o comando sindical desistisse de fazer uma manifestação contra a ameaça de demissões.
“A GM continua lucrando muito. Os resultados têm sido recordes, mas quer lucrar ainda mais. Por isso, planeja reduzir custos cortando mão de obra”, afirmou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.