Título: Bolsa ladeira abaixo
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Fonte: Correio Braziliense, 05/04/2013, Economia, p. 11

Ações da Vale e da OGX, do empresário Eike Batista, afundam o pregão

A Bolsa de Valores de São Paulo recuou 1,65% ontem, encerrando o pregão em 54.648 pontos — o menor nível em mais de oito meses —, pressionada pela queda das ações da OGX, empresa de petróleo do empresário Eike Batista, e da mineradora Vale. Os papéis da petroleira caíram 10,8% e atingiram a menor cotação desde que estrearam no mercado, em 2008. Cotadas a R$ 1,98, as ações da empresa amargam uma queda de 91,5% ante a máxima histórica de R$ 23,27 que atingiu em outubro de 2010.

Na quarta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s reduziu a nota de crédito da OGX de “B” para “B-”, com perspectiva negativa, por causa do fraco desempenho operacional da companhia. O Ibovespa, indicador das principais ações, sofreu também com os papéis preferenciais da Vale, que recuaram 3,98%, a R$ 32,36, após terem saltado quase 6% na véspera.

A praça paulista operou descolada dos Estados Unidos, onde o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,38%. Na Europa, o indicador das principais ações fechou em queda de 1,1% com os investidores desanimados com o Banco Central Europeu (BCE), que manteve a taxa básica de juros na mínima de 0,75% ao ano, mas não adotou novas iniciativas para reanimar a economia.

No mercado de câmbio, o dólar fechou em baixa de 0,37%, a R$ 2,016 para venda, com a expectativa de que as inéditas medidas de estímulo monetário no Japão aumentem o fluxo de divisas para países emergentes, como o Brasil. Ontem, o banco central japonês prometeu injetar US$ 1,4 trilhão na economia em menos de dois anos.