Título: Críticas ao partido
Autor: Mader, Helena
Fonte: Correio Braziliense, 27/03/2013, Política, p. 2

Grande opositor da presença de Feliciano na comissão, o deputado Jean Wyllys (PSol-RJ) disse que achou "estranha" a referência que o vice-presidente do PSC fez à presidente Dilma. "Foi uma justificativa enviesada. O PSC está fazendo confusão, as críticas são contra o Feliciano e não contra o partido", argumentou Jean. Para ele, a permanência do pastor vai acirrar conflitos. "O movimento social também vai radicalizar", garantiu o deputado. Jean Wyllys também criticou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. "Ele ficou em cima do muro", assegurou o deputado do PSol. O líder do PT na Câmara, José Guimarães, condenou a menção que a legenda do pastor fez aos petistas. "Foi errado e inoportuno. O governo e o partido não têm nada a ver com isso", justificou Guimarães. O pastor Roberto Luiz, da Igreja Batista de Belo Horizonte, fez um discurso em defesa de Feliciano enquanto esperava o fim da reunião da bancada do PSC. Ele criticou duramente o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e alegou que o pastor foi eleito democraticamente para o comando da comissão. "A situação do deputado não tem nada de insustentável. Por que é que o presidente da Câmara não foi pedir a saída do senador Renan Calheiros, contra quem fizeram um abaixo-assinado com 1,6 milhão de assinaturas? A situação dele, sim, é insustentável", bradou o pastor Roberto. Entre os que gritavam ontem contra o pastor Feliciano pelos corredores da Casa, estava Lucas Brito, da Associação Nacional de Estudantes Livres. "Existe uma massa crítica que cobra a saída do pastor. E vamos usar as redes sociais para manter e ampliar esse movimento", justificou o jovem.