Título: Cesar assume o PFL e ataca Lula
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Fonte: Jornal do Brasil, 11/02/2005, País, p. A4

Ao assumir como presidente interino do PFL, o prefeito do Rio, Cesar Maia, anunciou que vai usar o caso Waldomiro Diniz nas nas inserções da sigla na TV, que começam a ser veiculadas na terça-feira em todo o país. A estratégia é ganhar exposição nacional e reforçar a pré-candidatura de Cesar à Presidência da República.

Até 30 de março, Cesar será o presidente interino do PFL e falará em nome da legenda nas inserções --que serão veiculadas no mesmo período.

O objetivo dos programas, segundo o prefeito, é mostrar seu trabalho à frente da administração da cidade ''àqueles que não sabem'' quem ele é.

Além do caso Waldomiro - ex-assessor do chefe da Casa Civil, José Dirceu, afastado após acusações de extorsão e tráfico de influência - que completa um ano agora e deve ir ao ar em março, o PFL atacará a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segurança pública e na alta carga tributária.

Após se reunir ontem, no Rio, com a cúpula do partido, quando foi oficializada a transmissão da presidência da legenda do senador Jorge Bornhausen (SC) para Cesar, o prefeito anunciou que defenderá na TV a intervenção do Exército no Rio como forma de combate à insegurança gerada pelo narcotráfico.

Bornhausen afirmou que os programas farão um ''contraste de competência'' entre a Prefeitura do Rio e o governo Lula.

- Não podemos perante a lei ter propaganda eleitoral nas inserções. Vamos cumprir a lei, mas queremos mostrar o lado da competência, e o melhor exemplo é o do Rio de Janeiro - declarou Bornhausen.

Segundo o senador, o presidente Lula já se encontra ''em absoluta campanha à Presidência e as oposições não podem deixar que a inércia sirva para que ele seja reeleito''.

Como parte do que Cesar chama de ''dinâmica da contraposição'', Bornhausen afirmou que o PFL criticará na TV a medida provisória 232, que elevou a contribuição de Imposto de Renda dos prestadores de serviços.