Título: Paes ironiza apoio do presidente a Crivella
Autor: Dantas, Cláudia
Fonte: Jornal do Brasil, 12/09/2008, Eleições Municipais, p. A10

O candidato à prefeitura do Rio Eduardo Paes (PMDB) reafirmou ontem no calçadão de Madureira que não vai discutir as alianças a serem formadas no segundo turno, e até respondeu com ironia a nota publicada ontem no Informe JB, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmava apoio ao senador Marcelo Crivella (PRB) na segunda fase das eleições municipais. ­ A gente está no primeiro turno ainda, e o Informe JB está muito bem informado. Ou seja, nenhum de nós deve deixar de ler a coluna do Jornal do Brasil ­ ironizou o peemedebista. Segundo a coluna, Lula já articula apoio, na surdina, para o senador Crivella, e confidenciou a um ministro do PMDB, bem relacionado com o candidato, "para ele ter paciência que o presidente entrará na campanha do PRB, no segundo turno".

Retorno

O apoio de Lula tem sido dis- putado por vários candidatos, porém, no último domingo, Crivella admitiu que espera receber ajuda do presidente em troca dos últimos seis anos de trabalho. ­ Aliança não se constrói no momento de eleição, se constrói durante longa jornada. Espero que tudo isso pese na decisão do presidente ­ ponderou. O vice de Lula, José de Alencar, que também pertence ao PRB, segundo a coluna, tem pressionado o presidente para subir no palanque com Crivella. A briga pelo segundo lugar nas pesquisas, que leva ao segundo turno, fez Jandira Feghali (PCdoB) protocolar pedido na Justiça Eleitoral para que ocorram debates nessa fase do pleito municipal. Até agora, segundo o Datafolha, a comunista disputa a segunda vaga com Crivella. O peemedebista, no entanto, afirmou ser a favor dos debates. ­ Já disputei uma eleição majoritária para governador, e comparecia a todos os debates ­ destacou. ­ A cidade precisa ser discutida. Estarei presente em qualquer debate, quando for marcado. Em Madureira, o candidato voltou a comentar as melhorias que pretende fazer no bairro, se eleito for, e facilitar o acesso da população. A principal alteração é "acabar com a divisão, por meio da construção de um mergulhão sob a linha férrea. A Zona Norte está abandonada", disse o candidato.