Título: Sharon exige rigor da ANP contra o terror
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Fonte: Jornal do Brasil, 28/02/2005, Internacional, p. A8
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, exigiu ontem que os palestinos ajam com rigor contra os grupos militantes radicais, depois do ataque suicida em Tel Aviv de sexta-feira à noite. Sharon afirmou que vai congelar os esforços de paz e adotar ação militar se a Autoridade Nacional Palestina (ANP) não atender o pedido.
- Não haverá qualquer progresso diplomático, eu repito, não haverá progresso diplomático, até que os palestinos tomem uma ação vigorosa para acabar com os grupos terroristas e sua infra-estrutura no território da Autoridade Palestina - disse o premier.
O vice-ministro da Defesa, Zeev Boim, afirmou que o país considera a opção de um ataque à Síria, mas disse que a pressão internacional sobre Damasco pode ser mais efetiva.
Uma autoridade do ministério sírio das Relações Exteriores disse que o ataque em Tel Aviv contradiz a política do governo.
- A Síria apóia os esforços do presidente Mahmoud Abbas na criação de um ambiente que permita a paz e a criação de um Estado palestino e vamos continuar fazendo isso - afirmou o diplomata, sem se identificar.
Israel atacou a Síria em outubro de 2003 depois de um atentado suicida que matou 24 pessoas. Aviões bombardearam uma base que seria usada por militantes palestinos.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvam Shalom, convocou representantes diplomáticos dos membros do Conselho de Segurança da ONU e da União Européia para uma reunião hoje, quando promete apresentar provas do envolvimento de Damasco no atentado de Tel Aviv.
O governo de Israel afirma que o braço do grupo Jihad Islâmico na Síria cometeu de fato o atentando e diz que o regime do país vizinho incentiva ações terroristas.
Um dirigente da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, Khaled al Batsh, declarou ontem que a organização ''continuará com ataques armados se prosseguirem as violações israelenses do cessar-fogo''.