Título: EUA já tomaram atitudes ousadas, afirma George Bush
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Fonte: Jornal do Brasil, 24/09/2008, Economia, p. A18
Reuters/Mike Segar
O presidente americano, George Bush, disse ontem que o governo dos EUA tem tomado "atitudes ousadas para evitar efeitos devastadores" na economia do país.
Nas últimas semanas tomamos atitudes ousadas para evitar efeitos devastadores. Estamos tentando estabilizar o mercado evitando a falência de várias empresas disse o presidente, em discurso na 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
O presidente dos EUA destacou o plano de oferecer uma ajuda de até US$ 700 bilhões ao setor financeiro para evitar quebras como a do banco de investimentos Lehman Brothers, no último dia 15.
Na semana passada, eu anunciei um plano decisivo para manter as raízes da estabilidade. Posso garantir que meu governo está trabalhando para aprovar esta estratégia. Precisamos agir com a urgência que a crise precisa disse Bush. Precisamos trabalhar em termos de metas e nos mantermos firmes em relação às nossas propostas.
Mais cedo, Bush havia dito confiar em uma rápida aprovação no Congresso do plano de resgate. Depois de se reunir com o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, Bush afirmou que "há boas idéias que devem ser ouvidas para conseguir um bom projeto de lei que combata a situação".
Bush também lembrou as ações do Federal Reserve (Fed, o BC americano), para injetar recursos no sistema bancário medida que pretende evitar uma escassez de crédito nos mercados.
O Fed chegou mesmo a adotar na semana passada a decisão de agir com outros cinco grandes bancos centrais para injetar recursos no sistema bancário mundial. O Fed, o Banco do Japão, o Banco Central Europeu (BCE), o Banco da Inglaterra (BC do Reino Unido), o Banco Central da Suíça (SNB) e o Banco do Canadá injetaram na economia mais de US$ 200 bilhões para enfrentar a crise.
O presidente chegou a mencionar a Rodada Doha de liberalização do comércio mundial, que em julho entrou em um novo período de paralisação, devido ao impasse entre EUA, China e Índia sobre uma cláusula de salvaguardas para os países em desenvolvimento.
A Rodada Doha foi decepcionante, mas ainda não tem sua palavra final. Ainda temos esperança de conseguir um acordo sobre Doha. Nós precisamos manter nosso compromisso de abrir nossa economia e acabar com o isolamento disse o presidente americano. Ele disse também que os objetivos de maior integração entre as economias "têm sido abalados pela crise",