Título: Câmara define vagas em fevereiro
Autor: Mariana Santos
Fonte: Jornal do Brasil, 26/01/2005, Brasília, p. D3
O presidente da Câmara Legislativa, Fábio Barcellos), garante que na primeira quinzena de fevereiro a Secretaria-Geral da Casa vai divulgar o número de vagas que serão disponíveis para o concurso público que deve acontecer ainda este ano. Barcellos espera, com isso, suprir a necessidade de mão-de-obra especializada e diminuir o número de cargos de livre provimento, substituindo-os. Atualmente, a Câmara emprega cerca de 1,7 mil pessoas. Apenas 730 são concursados. Segundo o presidente, será possível cumprir o prazo determinado pois a secretaria vai aproveitar um estudo concluído em 2003 sobre a demanda de pessoal na Casa.
A viabilidade de se realizar um concurso, porém, é discutida por alguns distritais. O deputado Chico Vigilante (PT) defende que existe ''gente demais'' por lá.
- Tem funcionário que trabalha só uma hora por dia. Outros nem vêm. Sem contar que a Câmara paga 35 consultores legislativos que prestam serviços em outras entidades - diz Vigilante, sugerindo a contratação de um organismo como a Universidade de Brasília para montar um organograma da Casa, apontando falhas e soluções.
O petista não poupa sequer seus colegas do partido, que ocupou a presidência da CL anteriormente por duas vezes - ''foi um acúmulo de erros''.
Desde a semana passada Vigilante vem criticando os colegas que compõem a Frente Democrática, cuja líder é Arlete Sampaio (PT). Além de protocolar um projeto de resolução que proíbe a contratação de parentes de até 3º grau, diante das denúncias de nepotismo, o petista afirmou ontem que não está vendo ''real sentido de mudança'' nas ações tomadas pelo presidente, investido há apenas 26 dias no cargo. O projeto deve ser apensado (tramitar em conjunto) com um outro do deputado Chico Leite (PT), de mesmo teor, protocolado em 2003 e que aguarda audiência na 1º Secretaria.
Vigilante pretende ainda retomar a proposta de reduzir o recesso parlamentar para apenas um mês, de 15 de dezembro a 15 de janeiro. Barcellos afirma ser simpático a idéia, desde que a redução seja estendida a outros órgãos dos governos federal e local.