Título: Pai do plano de ajuda aos bancos
Autor: Totinick, Ludmilla; Costa, Gabriel
Fonte: Jornal do Brasil, 05/10/2008, Economia, p. E4

Henry Paulson, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, no Brasil corresponderia ao ministro da Fazenda. Dirige o órgão responsável por dar as diretrizes de regulação da economia americana. É o pai do plano de salvação aos bancos daquele país. Também é membro do Conselho de Governadores do Fundo Monetário Internacional (FMI).

¿ Temos ferramentas importantes em nossa caixa, mas elas não são suficientes. Então, vamos continuar trabalhando com o que temos até que o Congresso nos dê o que precisamos ¿ dizia Paulson, antes da aprovação do pacote.

Assumiu o cargo em julho de 2006, em sucessão a John Snow, quando enfrentou oposição dos republicanos por no passado ter se ligado aos democratas. É republicano e foi nomeado por Bush. Recusou o primeiro convite para entrar para o gabinete e só mudou de idéia apenas depois de um trabalho extenso de lobby e convencimento feito por Bolten, antigo executivo do Sachs, e de Bush ter se comprometido a deixá-lo dirigir de fato a economia política, diferentemente de seus predecessores.

¿ Muito tempo atrás, talvez há um ano, Ben Bernanke, que é um economista de primeiro nível, me disse: Quando se olha para a bolha imobiliária e a correção, se a queda nos preços for suficientemente grande, a única solução pode ser uma intervenção governamental em grande escala ¿ contou Paulson.

Ao contrário do que aconteceu, Paulson achou que a situação se ajustaria.

¿ Mas eu tinha alguma esperança, e ele também, de que, com toda a liqüidez que havia dos investidores, depois de uma certa queda chegaríamos ao fundo, e que ela terminaria ¿ acreditava o secretário do Tesouro.

Tem 62 anos e chegou à presidência do Goldman Sachs falando duramente ao telefone e dando socos na mesa. (L.T.)