O Estado de São Paulo, n.46372, 03/10/2020. Política, p.A12

 

Como atacar a desigualdade

Adriana Ferraz

Bianca Gomes

03/10/2020

 

 

Analistas apresentam proposições para problemas na Saúde intensificados pela pandemia e que serão enfrentados por próximo prefeito

Nesta série de reportagens, o Estadão mostrou realidades distintas de dois moradores da capital: a encarregada de limpeza Vandersilva Simeão, de 54 anos, e o educador físico Pedro Senger, de 25 anos. Para ela, o trabalho fica longe de casa, a escola dos filhos não tem a qualidade desejada e o lazer é praticamente inexistente no bairro onde a família mora, na Vila Missionária, zona sul da capital. Já para ele, morador do centro, o acesso a esses serviços é mais fácil. Diferenças que podem significar mais ou menos saúde.

Na capital paulista, o endereço dos moradores revela suas chances de sucesso e também seus riscos. No caso da covid19, viver em áreas periféricas e com pequeno número de vagas formais de trabalho significa ter dez vezes mais chance de contrair a doença, segundo estudo feito pela Rede Nossa São Paulo com base em dados oficiais da Prefeitura.

Diante dos desafios colocados ao candidato ou candidata que vencer as eleições de novembro e assumir o comando da capital paulista em janeiro de 2021, o Estadão fecha a série com depoimento de especialistas que apontam caminhos para possíveis soluções para amenizar as desigualdades na capital e melhorar a qualidade de vida de toda a população.