Correio braziliense, n. 21046, 07/01/2021. Brasil, p. 5

 

Movimento pressiona por imunização

07/01/2021

 

 

A pandemia da covid-19 impôs uma série de mudanças ao estilo de vida de uma população sujeita à contaminação por um vírus altamente transmissível. Na esteira das recomendações de isolamento social, a maneira de organizar manifestações precisou ser adaptada e ficou mais virtual.

Nessa linha, uma série de movimentos nascidos antes da pandemia se uniu à campanha Vidas Brasileiras Importam para cobrar do governo federa ações de imunização contra a doença sem colocar em risco os apoiadores.

"Nosso lema é manifestação sem aglomeração", explica Narli Resende, presidente do Movimento Curitiba Contra Corrupção, uma das articuladoras da campanha. A ação reúne ainda outros ativistas de diferentes movimentos de rua do país, como do Patriotas do Brasil, do Instituto Conservador do Acre, do VPR e do Ativistas Independentes, que se uniram em um grupo de WhatsApp batizado de PIN (o Plano de Imunização Nacional).

Por meio do aplicativo, o coletivo articulou e lançou a campanha na internet para mobilizar a sociedade civil a pressionar o governo federal na corrida pela vacina. Enquanto mais de 40 países iniciaram a imunização, o Brasil ainda não tem data prevista para começar a imunizar.

A ideia é que os simpatizantes publiquem fotos com a #VidasBrasileirasImportam ou com frases de efeito como "Eu exijo ser vacinado" ou "Exijo ser imunizado". Até agora, foram mais de cinco mil registros. "Nossa meta é chegar a dez mil fotos. Aí organizarmos um ato simbólico em Brasília sem aglomeração", afirma Narli.

A campanha conta ainda com apoio do movimento Muda Senado, formado em meados do ano passado prometendo renovar o modo de fazer política. O grupo encampa bandeiras de combate à corrupção e, entre seus integrantes, estão senadores de diferentes correntes políticas, como Álvaro Dias (Podemos-PR), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Flávio Arns (Podemos-PR) e Major Olímpio (PSL-SP).

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Impeachment de Pazuello é pedido 

07/01/2021

 

 

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) protocolou, ontem, um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Segundo o documento, o general “dá repetidas demonstrações de incompetência, ineficiência e incapacidade para desempenhar as tarefas de seu cargo”. O pedido de impeachment é assinado pelo presidente da entidade, Paulo Jeronimo, e alega ainda que o ministro “não só não providenciou as imprescindíveis vacinas, como negligenciou até mesmo a aquisição de simples seringas para aplicá-las”. Para a ABI, além de descumprir as recomendações das autoridades brasileiras e internacionais, Pazuello “viola o dever de eficiência disposto no artigo 37 da Constituição, atentando contra o direito social à Saúde”.