Correio braziliense, n. 21049, 10/01/2021. Brasil, p. 4

 

Semana com maior número de casos

10/01/2021

 

 

A primeira semana epidemiológica de 2021 terminou com um alerta: a pandemia não foi embora com o ano que passou. Após romper a barreira das 200 mil vidas perdidas pela covid-19, o Brasil registrou, no acumulado dos últimos sete dias, uma alta de 40% nas mortes e 43,5%, nos casos, em relação à semana anterior. O total de infecções, inclusive, foi o maior registrado desde o início da pandemia: 359.593. O recorde anterior ocorreu durante a semana 51, em dezembro de 2020, com 333.028 casos.

Somente ontem, foram acrescentados ao balanço mais 1.171 óbitos e 62.290 novos positivos para a doença, contabilizando desde o início da pandemia, 202.631 perdas e 8.075.998 confirmações. A alta era esperada pelos estudiosos da área, em razão das aglomerações de fim de ano.

Com as medidas de isolamento enfraquecidas, a expectativa é de que os aumentos continuem refletindo nas próximas semanas. O país deve ultrapassar as 8,5 milhões de infecções e as 210 mil mortes no encerramento da próxima semana, segundo o Portal Covid-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP).

Com os novos acréscimos, a média móvel de casos e mortes, que oscilava na última semana, disparou. De acordo com análise do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o Brasil confirma, em média, 51.370 infecções e 987 mortes por dia.

Dentro do Brasil, apenas três estados não ultrapassaram a barreira das mil mortes pela covid-19 — Amapá (969), Acre (823) e Roraima (793). Enquanto isso, do outro lado da tabela, com mais de 10 mil óbitos estão os estados de São Paulo (48.298), Rio de Janeiro (26.704), Minas Gerais (12.594) e Ceará (10.137). (BL)