Título: Gastos de consumidores americanos caem 0,3%
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Fonte: Jornal do Brasil, 01/11/2008, Tema do Dia, p. A4

O gasto dos consumidores nos Estados Unidos tiveram um decréscimo de 0,3% em setembro, a maior queda em quatro anos. Segundo o Departamento de Comércio do país, só os gastos com bens duráveis sofreram uma retração de 7,4% neste mês. Gastos com bens não-duráveis tiveram um declínio de 1,4%.

O nível de renda das famílias americanas teve um incremento de 0,2% em setembro, o menor ritmo de crescimento desde abril. E o índice de preços PCE aumentou 0,1% em setembro, ante uma variação inferior a 0,1% em agosto. O núcleo do PCE, que exclui do cálculo os preços de energia e comida, apontou um aumento de 0,2% em setembro, a mesma variação vista em agosto. O PCE é um dos indicadores de inflação mais importantes para fundamentar as decisões do banco central americano, o Federal Reserve.

Anteontem, o mesmo Departamento de Comércio havia informado que o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos encolheu 0,3% no terceiro trimestre. Trata-se da primeira retração no nível de atividade econômica do país desde a queda de 0,2% no quarto trimestre de 2007, e o pior resultado desde a baixa de 1,4% verificada no terceiro trimestre de 2001, quando os EUA sofreram uma aguda crise.

Os gastos do consumidores ¿ que respondem por dois terços da economia dos EUA ¿ tiveram retração de 3,1% no trimestre passado, contra alta de 1,2% um trimestre antes e de 2% no terceiro trimestre de 2007.

O índice de confiança dos consumidores americanos também caiu em outubro, de 70,3 em setembro para 57,6 no mês atual, segundo estudo da Universidade de Michigan. O número bate com as projeções dos analistas, que estimavam o resultado em 57,5 pontos.

Zona do euro

A taxa de desemprego na zona do euro ficou em 7,5% em setembro, uma ligeira variação para cima em relação à taxa vista em agosto, de 7,3%. Nos 27 países da União Européia, o dado também ficou estável: no mês passado, o desemprego era de 7% na região, contra 6,9% em agosto. Em setembro de 2007, estava nos mesmos 7%. Os dados foram divulgados hoje pela Eurostat, a agência de notícias do bloco europeu.