Título: Discrepância salarial põe Brasil em 100° lugar
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 13/11/2008, Tema do Dia, p. A4

O Brasil oferece a homens e mulheres que vivem em seu território oportunidades iguais nas áreas de educação e saúde, mas é um dos últimos países na comparação de igualdade salarial entre sexos, de acordo com o levantamento divulgado ontem pelo Fórum Econômico Mundial.

Segundo o estudo, o país ocupa a 100ª posição em igualdade de salários para atividades similares, entre 130 países. No ranking geral, que mede a igualdade entre homens e mulheres, o país ainda está em 73º lugar, uma posição acima em relação ao levantamento realizado no ano passado.

Entretanto, pelos dados do relatório Gender gap index 2008, o país é uma das 24 nações que oferecem oportunidades iguais de educação a homens e mulheres, ao lado de exemplos da Austrália, República Tcheca, França, Jamaica e Nova Zelândia.

Lacuna coberta

Segundo o Fórum Econômico Mundial, a expansão nas matrículas de ensino básico ajudaram a colocar o Brasil "entre os 24 países que cobriram completamente os buracos na diferença entre sexos na educação".

O país também oferece oportunidades iguais no mercado de trabalho a homens e mulheres, de acordo com o relatório, de saúde e sobrevivência, junto com mais 36 países.

Já em participação econômica e oportunidade nesta área específica, o Brasil cai para a 59ª posição.

Isso porque o índice de participação econômica aferido pelos técnicos do Fórum considera três aspectos para a classificação: a diferença de remuneração, de participação de ambos os sexos na força de trabalho, e a diferença de avanços por gênero, medida pela presença de homens e mulheres em cargos políticos, de gerência e de chefia.

O desempenho do Brasil piora bastante quando o quesito é diferença entre sexos em cargos políticos: neste particular, o país cai para a 110ª posição.