Título: Expectativa é de que G-20 crie estímulos na área fiscal
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Fonte: Jornal do Brasil, 13/11/2008, Economia, p. A18

A principal medida conjunta esperada da reunião do G-20 no sábado, em Washington, é um comprometimento dos países em adotarem medidas de estímulo fiscal nas suas economias. A expectativa é que quase nada avance no campo de uma nova regulamentação conjunta para as atividades financeiras em cada país, mas que sejam criados grupos permanentes de trabalho para delinear o assunto.

Outra medida prática esperada é que os países-membros do G-20 ¿ que inclui os sete mais ricos do mundo e emergentes como Brasil e China ¿ anunciem um reforço no capital do FMI, para que o organismo possa atender à demanda crescente de ajuda em várias partes do mundo. O governo japonês, por exemplo, já se dispôs a injetar US$ 200 bilhões no Fundo, movimento que poderia ser acompanhado pela China e por alguns países árabes. Até agora, o FMI está finalizando ou fez empréstimos para Paquistão, Islândia, Ucrânia e Hungria.

¿ O passo mais positivo que os líderes podem dar nessa reunião é prometer a adoção de pacotes de estímulos fiscais entre 1% e 2% do PIB de cada país ¿ diz o economista Fred Bergsten, diretor do Peterson Institute for International Economics. ¿ A China, que hoje responde por um terço do crescimento global, demonstrou grande senso de responsabilidade ao anunciar um pacote de estímulo com proporções ainda maiores.

Dentre todos os líderes que defendem os estímulos fiscais, o premiê britânico, Gordon Brown, é o que tem feito a defesa mais ativa da medida, apesar de o Reino Unido ter hoje o maior déficit fiscal entre as economias avançadas. No caso dos EUA, tudo dependerá da atuação do presidente eleito, Barack Obama, que tomará posse a 20 de janeiro.

Obama já avisou que não participará do encontro do G-20, organizado pelo presidente George W. Bush. Ele também não vai se encontrar individualmente com nenhum dos líderes que começam a chegar amanhã a Washington. Obama, porém, apontou Madeleine Albright, secretária de Estado durante o governo Bill Clinton, e o ex-deputado republicano Jim Leach ¿ que apoiou o então candidato dem