Número de investigações preliminares sobre a gestão da pandemia foi citado por Aras ao STF

O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) informando que abriu nove autuações para apurar a conduta do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia do novo coronavírus. O mais recente foi instituído na última quinta-feira para analisar o comportamento do Bolsonaro diante da crise na área de saúde na Amazônia. O presidente não é formalmente investigado sobre o assunto. Nestes procedimentos preliminares, a Procuradoria-Geral da República (PGR) avalia se existem elementos para a abertura de inquérito judicial. "Este órgão ministerial tem sido e continua zeloso na apuração de supostas irregularidades atribuídas ao chefe do Executivo Federal, denunciadas por meio de petições que diariamente entram no sistema da Procuradoria Geral da República, "Diz o documento assinado pela Aras. Aras enviou a manifestação depois que um advogado acusou Bolsonaro de genocídio perante o STF.

Na ação, o advogado também afirmou que a PGR deixou de buscar a responsabilização do sonar deBol para opor-se a condutas supostamente omissas e criminosas, que teriam colocado em risco a vida de brasileiros. Mesmo diante das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o presidente tem participado de eventos com aglomeração e criticado o uso de máscaras. A manifestação de Aras foi encaminhada ao ministro Marco Aurélio Mello. O procurador-geral não detalhou os procedimentos abertos, apenas o caso Amazon.

Mas explicou que as conclusões preliminares foram instituídas "para apuração de irregularidades atribuídas ao presidente da República e relativas ao enfrentamento da epidemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2". Na última quinta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prestou depoimento à Polícia Federal, em Brasília, em inquérito que investiga a aconduta dele em relação à crise na Amazônia, aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) apedido DA PGR.