Advogados alegam que marido de Silvana Batini fez críticas a Jair Bolsonaro

Os advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) protocolaram no Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), na última quinta-feira, pedido de suspeita contra a procuradora regional eleitoral Silvana Batini. Como base para a denúncia de suspeita, nome técnico do pedido, anexaram postagens no Facebook do marido de Silvana, o arquiteto Carlos Augusto Góes, com críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro, pai de Flávio. Para os advogados, Silvana não tem isenção de atuar como representante no Ministério Público eleitoral na investigação que apura suspeitas de falsidade ideológica praticadas por Flávio nas eleições de 2014 e 2016. A investigação contra Flávio está em andamento na 204ª zona eleitoral ( Santo Cristo), que tem como titular o juiz Flávio Itabaiana. Silvana atuou em duas situações vinculadas ao caso: quando acatou decisão proferida no ano passado pela 2ª Câmara de Coordenação e Fiscalização do Ministério Público Federal, que indeferiu pedido de instauração de inquérito; e a tentativa da defesa de Flávio de obter mandado de segurança da suspeita de Itabaiana, na qual ela opinou pela inadmissibilidade do pedido.

Na peça, os advogados colocaram toposts do marido de Silvana nas redes sociais. Nos fundamentos, destacam as palavras "Avisei, é melhor Jair se arrepender", que entenderam como "franco alusão ao senhor presidente da República Jair Bolsonaro" "e" Somos70porcento ", entendidos pela defesa de Flávio como" alusão à conhecida tentativa de movimento leitoriano que visava incitar a população para que 70% de seus membros votassem em outro candidato, que não o atual presidente. "As publicações trazem também fotos de Carlos Augusto e Silvana juntos. O pedido, assinado pelos advogados RodrigoNa peça, os advogados colocaram toposts do marido de Silvana nas redes sociais. Nos fundamentos, destacam as palavras "Avisei, é melhor Jair se arrepender", que entenderam como "franco alusão ao senhor presidente da República Jair Bolsonaro" "e" Somos 70 porcento ", entendidos pela defesa de Flávio como" alusão à conhecida tentativa do movimento eleitoral que visava incitar a população para que 70% de seus membros votassem em outro candidato, que não o atual presidente. "As publicações trazem também fotos de Carlos Augusto e Silvana juntos. O pedido, assinado pelos advogados Rodrigo Roca , Luciana Pires, Juliana Bierrenb e Renata Azevedo, afirmam que embora os cargos sejam de Carlos, "o Ministério Público contestou com tudo consentido e tudo endossado,

tanto nas declarações amorosas que recebeu e devolveu, como nas iradas declarações dirigidas ao presidente da República e, por extensão, aos seus familiares políticos ". Para eles, a suspeita fundamenta-se nas mesmas regras que disciplinam o magistrado na fase processual. A investigação foi aberta em 2018 porque Flávio declarou, em 2014 e em 2016, ser dona de apartamento em Laranjeiras, mas atribuía valores diferentes ao imóvel a cada ano. Ao contestar a reeleição no Alerj, em 2014, Flávio declarou o valor de R 5 565 mil, mas quando disputou a prefeitura do Rio, em 2016, declarou R$ 423 mil. Procurada, Silvana disse que só se manifestará após tomar conhecimento do pedido dos advogados.